Casal celebridade do sexo liberal comemora aniversário em casa de swing
Marina, uma loira, alta, vestindo apenas um biquíni florido e fio-dental, apesar de empolgada, estava um tanto quanto desapontada. "A gente até conversou com uma morena, mas ela sumiu… E até agora, nada", disse. Ao seu lado, no meio da pista de dança, estava o marido, Marcio, um empresário polido, de voz calma, que vestia regata e shorts.
Já passava das quatro da manhã e o casal ainda não havia tido tempo para encontrar alguém para transar. Eles estavam muito ocupados organizando a festa de aniversário de Marina, com mais de 200 convidados, data que pedia, mesmo, uma comemoração a três --a quatro ou mais.
Há mais de dez anos, Marina e Marcio praticam sexo com troca de casais --o conhecido swing. Por volta de 2011 eles inauguraram a página Marina e Marcio, na qual publicam dicas, textos e contos eróticos sobre o dia a dia de um casal liberal. Com o sucesso da publicação, acumularam-se admiradores e amigos na vida noturna.
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A festa foi em uma casa de swing em Moema, bairro da zona sul de São Paulo. A eles foi reservado um camarote equipado com pole dance, bar e um quarto exclusivo.
Assim que chegaram na casa noturna, ambos tiveram que recepcionar colegas, decorar o espaço com o logotipo do site, fazer presença na pista de dança e ainda arrumar espaço para flertar com possíveis candidatos.
Para a festa, foi escolhido o tema "Aloha", o que fez com que os convidados desfilassem de um lado ao outro com coroas de flores em volta do pescoço. Na pista e em um palco, mulheres de biquíni ou nuas dançavam ao som de músicas dos mais diferentes artistas: como Bon Jovi, Mauricio Manieri e Roupa Nova --tocou "Whisky a go go"). No fim da noite, um DJ já tocava canções de Mcs como Livinho e Ludmilla, que sucederam a apresentação de dois strippers, vestidos, a princípio, como salva-vidas.
Quando os convidados começaram a se despedir e a pista esvaziou, Marina e Márcio decidiram acessar a área que é reservada ao sexo. Transitaram pelos corredores labirínticos do espaço até que encontraram um casal, que logo depois fez companhia aos dois em uma cabine escura onde encerram a noite.
Casal leva vida no sentido mais tradicional da palavra
Fora dali, Marina é psicóloga. Márcio, empresário. Os dois não mostram o rosto na internet ou revelam a idade. O anonimato, eles dizem, é para evitar julgamentos sobre o estilo de vida que escolheram.
Marcio conta que conheceu Marina na igreja, há cerca de 20 anos, de onde se afastaram após toparem com muita "falsidade". "Às vezes, a gente do swing conquista mais liberdade e intimidade com os amigos da cena do que aqueles que conhecemos de fora", explica.
O casal tem filhos e, para a família e colegas do cotidiano, mantém um relacionamento no sentido mais tradicional da palavra.
"No trabalho, o pessoal pensa em fazer um programa mais diferente, tipo um happy hour, e olham para mim e falam: ‘Não, o Márcio não faz esse tipo de coisa", diz o empresário acima de qualquer suspeita.
Mesmo assim, ele diz já ter encontrado uma colega de trabalho no swing, com o marido. "Ela ficou pálida ao me ver", relembra. Mas, aí, veio a surpresa: a colega havia se interessado na prática justamente por ter lido ao blog do casal.
Swing não salva casamento
A dica do casal é de que o swing não é uma alternativa para um problema de relacionamento. Marcio explica: "swing não salva casamento. Pode ajudar, mas só por uns seis meses".
Ambos concordam que o relacionamento ganhou mais força quando adotaram a vida sexual liberal. Marcio diz que a sensação é semelhante a quando se é solteiro e se sai em busca de um pretendente na noite. "A gente melhora a autoestima, sabe?".
Entre os dois, impera o amor. Ela, mais alta do que ele, o observa com carinho. "Márcio é tudo. Minha âncora, minha base, meu chão. Com ele eu me sinto segura para ser quem eu sou, para dizer do que gosto, sem julgamentos ou preconceitos. Isso para mim é amor de verdade", diz.
No dia seguinte à festa, Marina publicou um agradecimento da festa em seu site, em que comentários e elogios a comemoração foram publicados por inúmeros casais. E ela retribuiu aos elogios e declarações: "Gente, o melhor presente é esse mesmo: ouvir que valeu a pena! Obrigada, amores! Beijosssssssss"
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- http://mulher.uol.com.br/comportamento/enquetes/2015/11/04/voce-ja-pensou-em-experimentar-troca-de-casais.js
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