O que você precisa saber antes de furar a orelha de um recém-nascido
Tem mãe que, antes mesmo de ter a filha nos braços, se pergunta quando é a melhor hora para mandar furar a orelha de seu bebê. Outras, entretanto, ficam indecisas, com medo de que o procedimento seja doloroso. Veja o que dizem os especialistas.
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Momento certo
Boa parte dos pediatras, como Leandro Silva de Britto, professor do curso de Medicina da Uniderp, recomenda que, por precaução, a colocação de brincos não seja feita antes das primeiras vacinas, realizadas com dois meses. Uma delas, a tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche), protege contra uma eventual infecção no local. Bebês prematuros devem esperar para ganhar seu primeiro par de brincos até que estejam pesando, em média, 3,5 kg, recomenda o pediatra.
O melhor local
Pelas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as farmácias estão autorizadas a fazer esse procedimento, desde que seja feito com brincos estéreis vendidos no próprio local e colocados com ajuda de equipamento apropriado, uma espécie de pistola. Um profissional experiente saberá qual o ponto certo de fazer o furinho, para que fique centralizado e do tamanho ideal. Quanto à dor, ela é mínima, dizem os especialistas. No entanto, pode ser recomendado o uso de pomada anestésica passada no local 40 minutos antes do procedimento.
Após o furo
Verifique diariamente se as orelhinhas não apresentam algum tipo de secreção, vermelhidão ou o bebê se mostra irritado. Caso isso aconteça, procure um profissional para ver se há necessidade de remover os brincos - não é aconselhável remover sozinho, em casa, para não atrapalhar o processo de cicatrização. Repare também na parte de trás das orelhas e nas laterais da cabeça, onde o brinco pode encostar. Caso esteja tudo bem, os primeiros brinquinhos devem ser removidos só depois de seis semanas. A cicatrização, em geral, demora 45 dias. Nesse período, faça uma limpeza no local furado com cotonete e álcool 70%, sempre depois do banho. Também é recomendado girar o acessório uma vez por dia. Todo cuidado é pouco na hora de tirar e colocar a roupa, para que o brinco não enrosque na peça.
O brinco perfeito
Como a pele da recém-nascida é delicada e ainda não tem defesas, alergias podem acontecer, como a causada por um brinco que contenha níquel. “Os melhores brincos são os de metais nobres, como ouro (18 quilates), prata ou aço cirúrgico. Os materiais devem ser especificados como antialérgicos. Quanto ao formato, devem ser delicados, pequenos, leves e com tarraxas com ponteiras protegidas”, avisa a pediatra Maria Kokkinovrachos, do Prontobaby Hospital da Criança, no Rio de Janeiro.
Mães com opiniões distintas
A recepcionista Carolina Serra, 28 anos, acha que sua filha ficou mais feminina com brincos. “Estava tão ansiosa por isso que comprei os brincos antes mesmo de ela nascer”. Porém, se a mãe não estiver segura ou não concordar com a colocação do adereço, melhor esperar que a filha cresça para ela mesma decidir. Foi o que fez a maquiadora Melina Paladino, 36 anos. “Acho desnecessário um bebê tão pequeno de brinco. Seria uma preocupação a mais para mim. E também não faço nada com ela ou comigo só para seguir padrão. O corpo é dela, que deve ter a opção de furar ou não, quando e se desejar”.
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