Brasil lidera ranking de mortes de travestis e trans; um é morto a cada 48h
Em 2017, o Brasil contabilizou uma triste liderança mundial: se mantêm como o país em que se assassina mais travestis e transexuais homens e mulheres, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
O número de vítimas de transfobia deste levantamento é o maior registrado em dez anos no país.
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Apesar da queda destes casos nos últimos anos, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a realidade é crítica: a cada 48h uma Travesti ou Mulher Transexual é assassinada no Brasil.
Segundo o levantamento da instituição, em 2017, foram 179 mortes espalhadas por todos os estados do Brasil. Um mapa revela alguns dos nomes e localização dos crimes. Minas Gerais lidera a lista, com 20 mortes, seguido de Bahia (17) e São Paulo (16).
Segundo a Antra, 45% dos assassinatos de LGBT são de pessoas trans, essa parcela da população brasileira tem 9 vezes mais chances de ser morta, a expectativa de vida de uma Mulher Transexual ou de uma Travesti é de apenas 35 anos, 80% dos assassinos não tem ligação com a vítima e 95% destes assassinatos apresentam requintes de crueldade.
Transfobia no mundo
Um dos levantamentos mais completos destes crimes foi feito em 2015, com o Trans Murder Monitoring, da ONG Transgender Europe. De Janeiro de 2008 a Dezembro de 2014, foram 1356 mortes em 23 países das América Central e do Sul, 155 na Ásia, 112 na América do Norte, 94 em 14 países europeus, 9 em 4 países africanos e 5 em 4 países da Oceania.
Neste período, o Brasil contabilizou 689 mortes, contra 194 no México e 108 nos Estados Unidos, os maiores em números absolutos.
Em 2017, este ranking não mudou. Enquanto o Brasil teve 179 mortes por transfobia, México teve 56 e EUA, 25.
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