Grife varejista é acusada de racismo e se desculpa por coleção infantil
Após publicar a foto de um garoto negro vestindo um moletom com os seguintes dizeres: "Coolest monkey in the jungle" ("O macaco mais legal da selva"), a empresa de moda Hennes et Mauritz (H & M) anunciou a retirada da imagem racista de suas redes sociais e pediu desculpas em suas redes sociais.
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Em contrapartida, um garoto branco aparece com uma outra peça: "Survivor expert” ("Especialista em sobrevivência").
"Quem teve a ideia na H&M de por este doce menino negro com um moletom que diz 'o macaco mais legal da selva'?", indignou-se a modelo Stephanie Yeboah no Twitter. "É repugnante", acrescentou.
"A imagem foi excluída de todos os canais da H&M", assegurou uma porta-voz da marca à agência de notícias AFP. A foto da peça de roupa sozinha ainda pode ser vista na loja online. "Pedimos desculpas aos que puderam se sentir ofendidos", acrescentou o grupo por meio de um post em sua rede social.
A mãe do modelo infantil, Terry Mango comentou o fato depois que a rede varejista enfrentou acusações de racismo sobre a imagem de seu filho, Liam, 5 anos, e surpreendeu os internautas. Terry pediu para as pessoas pararem com o boicote: “Problema desnecessário. Superem isso”, escreveu em suas redes sociais.
Os seguidores questionaram por que ela estava endossando a imagem racista e a nigeriana, que mora na Suécia, afirmou que estava sendo chamada de “macaca” pelas pessoas que diziam defender seu filho e atentou eles sobre a incoerência.
Diversas celebridades manifestaram sua decepção com a postura da empresa. The Weeknd, que colaborou e modelou para a H&M, disse que estava cortando todos os laços com a empresa. No Brasil, Giovanna Ewbank lembrou o caso de racismo envolvendo a filha Titi e criticou a fast fashion.
“Em que século estamos vivendo mesmo? Não existe mais tolerância pra esse tipo de preconceito! Como uma mega marca como a @hm pode ser tão cruel, imbecil e racista assim? Como tantas pessoas que trabalham numa empresa gigantesca como essa deixaram passar um absurdo como esse? Ele é um príncipe e merece nosso respeito”
Não é a primeira vez que uma grande marca se encontra nesta situação.
Em 2014, a marca de roupa espanhola Zara teve que retirar do mercado uma camiseta infantil de listras com uma estrela amarela bordada que gerou polêmica por sua semelhança com os uniformes dos judeus nos campos de concentração nazistas.
Em outubro passado, a marca de perfumaria e cosmética Dove se desculpou por uma publicidade que também foi considerada racista. O anúncio mostrava uma mulher negra que ao tirar a camiseta se transformava em uma mulher branca e ruiva.
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