Café, carne de vaca e ketchup: 10 religiões e suas restrições alimentares
Você já ouviu falar que o hábito de se reunir para fazer as refeições é sagrado. Porém, no prato nosso de cada dia, até os alimentos cometem pecados. Confira uma lista só de excomungados!
Catolicismo
A Igreja Católica do Ocidente orienta os fiéis a evitarem carne vermelha na Quarta-feira de Cinzas, nas sextas-feiras durante a Quaresma (período após o Carnaval) e na Sexta-feira da Paixão. Já os católicos do Oriente costumam ser mais rígidos e dispensam, além da carne, ovos, produtos derivados de leite, bebidas alcoólicas e azeite de oliva. Um dos significados por trás desses jejuns é se autoprivar de prazeres e impulsos.
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Islamismo
Para garantir a purificação espiritual, os fiéis devem se abster de bebidas alcoólicas (que, em alguns países, são até proibidas por lei), carne de porco, de animais selvagens, de répteis e de anfíbios, além de frutos do mar, com exceção de peixes com escama e camarões. Durante o Ramadã (o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual), também é proibida a ingestão de alimentos sólidos e líquidos, do nascer ao pôr do sol.
Protestantismo
Com o objetivo de demonstrar fé e provocar um estado de espírito que favoreça a aproximação com Deus, algumas igrejas indicam jejuns esporádicos de bebidas e alimentos tentadores, como café, chocolate e guloseimas em geral. Apenas poucas denominações praticam jejuns regulares, como os adventistas do sétimo dia, que pregam que, na Bíblia, Deus adverte que a carne suína é imprópria para o consumo humano.
Judaísmo
Assim como o islamismo, essa religião tem leis que vetam certos tipos de alimentos, e vai ainda mais além, pois corta qualquer receita que misture carne e leite. Segundo a "Torá" (o livro sagrado dos judeus), Deus disse ao seu povo: “Não cozinharás um bezerro no leite de sua mãe". Quanto à carne de animais conhecidos, não podem a suína, de coelho, de caranguejo, lagosta e camarão. Liberadas mesmo só as carnes de peixes com escamas, a bovina e a de cordeiro.
Budismo
Não existem leis contra nem a favor de alimentos específicos. Quanto à ingestão de carne, a maioria dos budistas segue o preceito de não consumi-la, pois a tradição prega que matar ou causar sofrimento à outra criatura é desonroso. Contudo, existem seguidores que comem carne vermelha, assim como peixe e ovos, mas de forma moderada e até jejuam nos dias de lua nova e lua cheia, como método de disciplina espiritual.
Testemunha de Jeová
Como não comemoram aniversários e Natal, por exemplo, não consomem receitas feitas para essas festividades. Outra restrição diz respeito ao consumo de pão com fermento, que é proibido na Santa Ceia, que ocorre anualmente na Páscoa.
Umbanda
Para seus adeptos, certos tipos de alimentos devem ser evitados para não contrariar as energias de cada orixá e desequilibrar a harmonia espiritual, o que afetaria os filhos de santo de maneira física, mental e espiritual. Portanto, saiba que Exu não gosta de água em excesso. Ogum abomina quiabo. Oxóssi não aceita mel de abelha, Iansã não permite consumir abóbora dentro de casa e Oxalá não pode com dendê ou vinho de palma.
Hinduísmo
Dispensa não só a carne de vaca, como sugere passar longe de alimentos que tenham se aproximado desses animais, considerados sagrados. As antigas escrituras sagradas ensinam que apenas leite, frutas, legumes, nozes e grãos podem ser consumidos, por não envolverem matança. No entanto, movimentos relacionados, como os hare krishnas, não comem pepinos, ketchup e nada que contenha vinagre, pois os consideram alimentos que fermentam e levam à ignorância.
Espiritismo
Segundo a doutrina, a pessoa que tiver o dom da mediunidade (é capaz de se comunicar com espíritos) deve evitar o consumo de bebida alcoólica e de carne vermelha. A explicação sobre o álcool é que ele atrapalharia a evolução da espiritualidade e contaminaria o passe. Já quanto à carne, o sacrifício de animais intoxicaria o corpo físico, afetando o plano espiritual.
Zoroastrismo
Seus seguidores não comem carnes de mamíferos, como gado, porco e coelho, aves ou peixes ósseos de tamanho grande. Segundo os dogmas dessa religião, esses animais carregam significados espirituais importantes. No entanto, produtos derivados, como leite, ovos, queijo e manteiga, são permitidos, desde que não haja confinamento, exploração e maus-tratos por parte dos criadores.
Fontes: Jorge Kiba, pai de santo na Casa dos filhos do Senhor Xangô e Iemanjá; Fátima Luíza Giro, diretora da área de ensino da Federação Espírita do Estado de São Paulo; Aílton Pereira, porta-voz da Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados dos Testemunhas de Jeová; livros “Orixás na Umbanda”, de Janaína Leite de Azevedo; “Lapso Fatal”, de Joselino Ferreira Gomes, e sites faithandfood.com, authenticgathazoroastrianism.org e jw.org/pt/
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