8 estratégias para responder a pergunta 'qual a sua pretensão salarial?'
Você está diante de uma vaga de emprego, com poucas informações em mãos. O campo de salário está preenchido com “a combinar”, e o empregador pede a sua pretensão salarial.
Supervalorizar o seu passe pega mal, mas jogar um preço muito abaixo do praticado pelo mercado mostra desespero, e as empresas não querem contratar colaboradores fragilizados. Como lidar então? A seguir, o UOL reuniu orientações de especialistas, que vão ajudar você a fazer uma proposta de salário sensata.
1 - Só responda se perguntarem
Essa é a primeira regra do jogo, a pretensão salarial só deve ser informada quando o empregador ou recrutador pedir. Mas, se ela existir, atenda. Omitir, na tentativa de entrar no assunto somente em uma conversa presencial, pode excluir você no primeiro filtro de seleção. Não precisa abrir o currículo com esse dado, porém, os especialistas recomendam que a informação seja colocada ao final da página.
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2 - Salário atual mais pretensão
E já que você vai dizer o quanto quer ganhar, coloque também qual foi o seu último salário (ou salário atual). É para ajudar o recrutador a entender de onde veio aquele número e o quanto ele consegue negociar com você. Vamos dizer que você está desempregado e o que pede é o valor do último salário. Fica subentendido que existe uma flexibilidade. Mas, se você está trabalhando, e coloca que, para se movimentar, precisa de x a mais, e a vaga não pode pagar aquilo, é um sinal de que a negociação não vai dar certo.
3 - Aponte uma faixa salarial
Você não precisa ser tão específico, dizer que quer ganhar R$ 2.300, por exemplo. O melhor é trabalhar com faixa salarial: “de R$ 2.000 a R$ 3.000”. A maioria das empresas tem uma margem de negociação e pode contratar alguém pagando um pouco a mais ou um pouco a menos do que o salário estabelecido a princípio.
4 - O que considerar
Você não deve pedir o que acha que merece ganhar. É preciso fazer uma pesquisa no mercado do quanto está sendo pago para aquele cargo, considerando a sua experiência e especialização –esse dado aparece em sites de vagas, em pesquisas salariais feitas por empresas de recrutamento e nos sindicatos de classe. Além disso, deve ser considerado o perfil daquela empresa, onde está localizada e o porte. Um profissional sênior, em uma empresa pequena, pode ganhar menos do que um profissional júnior em uma multinacional, por exemplo.
5 - Quanto você precisa para viver
Saber o quanto de dinheiro você necessita todos os meses vai deixá-lo mais livre para negociar. Você deve considerar não só as suas contas mensais, mas o gasto que o novo emprego pode gerar –como deslocamento e refeição. A média dos seus gastos fixos, do que o mercado pratica e da sua última remuneração vão ajudá-lo a estabelecer a sua pretensão salarial.
6 - Considere os ganhos indiretos
Estando empregado, pode ser que você só queira outro emprego se for para ganhar mais. É usual esse perfil pedir um salário 20% maior do que o atual. Mas outros fatores também pesam nesse cálculo, como ambiente de trabalho, possibilidades de crescimento e desenvolvimento profissional e qualidade de vida. A troca pode até ocorrer por um salário igual ou inferior se houver outros ganhos indiretos.
7 - Não esqueça dos benefícios
Ao lado da faixa salarial, inclua a frase “negociável, de acordo com o pacote de benefícios”, porque nem só de salário é composta a remuneração. Existem empresas que oferecem apoio ao estudo, cursos de idiomas, academia, previdência privada e auxílio combustível. Quando somados, esses benefícios diminuem as despesas que você teria de tirar do próprio salário, e o orçamento doméstico fica no positivo. E se existir um benefício que seja indispensável para você, é importante mencionar.
8 - Devo pedir menos?
Cabe a você definir o seu limite de negociação. Mas é uma realidade no mercado atual reduzir salários, dizem os especialistas. Adequar-se a isso faz parte do processo de recolocação. O que não significa aceitar qualquer proposta –a não ser que você precise desesperadamente daquele dinheiro para pagar as contas. Porque, uma vez com o salário menor, vai levar tempo para chegar ao nível anterior novamente. Fora que logo você poderá se sentir desmotivado.
Fontes: Fátima Motta, sócia-diretora da FM Consultores e professora da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Henrique Calandra, fundador da WallJobs; Juliana Benassi Caputo, analista de gestão de pessoas da Crowe Horwath; Lilian Sanches, coach profissional e pessoal e sócia da Intentus; Renata Perrone, sócia da consultoria de recursos humanos De Bernt, no Rio de Janeiro, e Simone Ayoub, consultora e mentora profissional, autora do livro independente "Marketing Pessoal para Carreiras de Alta Performance".
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