Ministério da Saúde fará monitoramento online de cesáreas no Brasil
A maioria dos partos realizados nos serviços de saúde públicos do Brasil em 2017 aconteceu por via vaginal: foram 58,1% contra 41,9% de cesarianas. No entanto, o Ministério da Saúde quer estudar como pode aumentar esta diferença evitando mais cirurgias desnecessárias.
Para isso, a Secretaria de Vigilância em Saúde, lança a partir do dia 19 de março um sistema online de monitoramento de partos cesáreas pelo SUS. Os dados poderão ser consultados tanto pelas mães como gestores de serviços hospitalares.
Veja também
- É possível ter parto normal depois da cesárea? Especialistas explicam
- Sabe o que é "partolândia"? Mães que tiveram parto humanizado contam
- Cesárea com vista privilegiada: transparência permite ver bebê nascendo
A ação é parte do projeto "Parto Cuidadoso", que será implantado em 634 maternidades do país com o objetivo de reduzir a mortalidade materna. O Ministério orienta que equipe médica e parturiente adotem um plano de parto — que levará em conta as condições de mãe e bebê para a escolha do melhor procedimento para o nascimento.
A inspiração para a proposta é o projeto "Parto Adequado", da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que conseguiu em três anos evitar 10 mil cesarianas desnecessárias em centros de saúde como o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo; o Hospital Sophia Feldman, em Belo Horizonte; e o Agamenon Magalhães, em Recife.
O governo deve ainda investir na capacitação de enfermeiras obstétricas e obstetrizes para a realização dos partos normais, além de promover ações educativas na Atenção Básica, onde é realizado o pré-natal. O Ministério da Saúde informa que capacitou 2.774 enfermeiras entre 2015 e 2017 para trabalhar em maternidades, hospitais, centros de parto normal em obstetras.
Essas profissionais estão aptas a fazer o parto normal de risco habitual. Além disso, outros 611 serviços passaram a contar com enfermeiras obstetras e obstetrizes.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.