Mulheres da cena heavy metal criam o #KillTheKing, seu próprio #MeToo
Cada vez mais mulheres estão tomando coragem para denunciar casos de abuso e de assédio em diferentes áreas. A exemplo do #MeToo, que expôs o problema na indústria do cinema, surge o #KillTheKing, que deseja dar voz às mulheres apaixonadas pelo heavy metal.
Na página oficial, criada em janeiro, um manifesto deixa claro que o movimento deseja dar o alerta em várias frentes da cena metaleira. “Exigimos que bandas, selos de gravadoras, empresários, revistas de música e fãs se posicionem contra o sexismo, assédio e abuso”.
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“Parem de colocar abusadores no palco para serem idolatrados. Não deixe que seus fãs agarrem ou molestem pessoas na plateia. Não sejam leais a um abusador”, continua.
O movimento pede, ainda, que todos se pronunciem sobre abusos, defendam e respeitem as mulheres que frequentam a cena.
“Nenhuma banda é tão boa que valha estupro. Tivemos o bastante e nós sabemos quem vocês são. Saiam daqui”, conclui.
Movimento cresce
O #KillTheKing surgiu na Suécia e ganhou ainda mais repercussão em fevereiro, quando o vocalista da banda Destroyer 666, Keith “K.K. Warslut”, falou diretamente contra o movimento em um show no país escandinavo (“Algumas mulheres deste país têm problemas coma gente. Eu sei o que elas precisam. Pau duro!”).
Desde então, a banda tem sido rejeitada em festivais e muitos shows foram cancelados. Em resposta a isso, a banda postou em sua página que “não vai recuar”. Mesma ideia do movimento #KillTheKing.
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