Da frieza ao enlouquecimento: duas reações reais e opostas a uma traição
Não dá para afirmar como vamos reagir a situações que nos pegam desprevenidas, como uma traição. Por isso, os comportamentos mais inesperados podem acontecer, como os das histórias que você verá a seguir.
“Esperei ele dormir, levantei e fiz as malas dele”
“Morava com meu marido há cerca de um ano quando descobri a traição. Eu tinha uns 30 e poucos anos. De dentro do táxi, voltando de levar a filha dele do médico, eu vi o meu carro (que ele usava) parado em frente à casa da ex-mulher dele, que, coincidentemente, era quase em frente à empresa onde ele trabalhava. Por isso, eu não me deixei encanar. Cheguei em casa e ele me ligou, disse que estava no bar perto da empresa e me buscaria às 22h para jantarmos. Meia hora depois, precisava falar com ele e liguei para o bar. Me informaram que ele não tinha ido naquele dia. Aí eu desconfiei. Decidi ir até o trabalho e descobri que estava de folga.
Às 22h ele não apareceu pra me buscar e eu peguei um táxi e fui pra onde o meu carro estava. O taxímetro rodou até uma da manhã, quando vi ele saindo da casa da ex. Paguei o motorista, fui para a frente do meu carro. Fiquei lá, em pé. Quando ele me viu, ficou verde querendo se justificar, quis se explicar, mas eu não deixei. Disse apenas: ‘não quero saber’.
Fomos direto para casa e eu disse que ia dormir e depois conversaríamos. Mas eu fingi que dormi. Esperei ele dormir, levantei e fiz as malas dele. Separei uma roupa para ele usar no dia seguinte e o resto coloquei dentro da mala, que guardei no porta-malas do carro. Ele acordou já querendo se justificar e eu falei para esquecer. Disse que gostaria de almoçar em um restaurante que era a duas quadras da casa da ex dele.
Quando estávamos a uma quadra da casa da moça, pedi pra descer e fazer uma ligação no orelhão. Liguei para a ex mulher dele, com a voz disfarçada, e disse que tinha uma entrega para ela, mas que o caminhão estava quebrado. Perguntei se ela poderia ir até lá. Quando eu vi ela vindo, tirei a mala do carro. ‘É isso o que quer? Então toma!’, eu disse entregando a mala para ela.
Quando ele percebeu o que estava acontecendo, a mala já tinha ido. Fui embora calada. Depois disso, ele me procurou durante muito tempo, mas eu resisti. Ficamos um ano sem nos falar, até que um compromisso profissional nos reaproximou. Acabamos voltando e ficamos mais 14 anos juntos, até ele falecer.”
Graciela, 65, assessora de comunicação
“Entrei no carro, liguei e dei ré no muro”
“Estávamos juntos há cinco anos quando uma tarde ele foi tomar banho e eu fiquei usando o computador dele pra trabalhar. Vi mensagens aparecendo na lateral, me direcionando pro Facebook. Cliquei e achei uma conversa dele com uma ex assistente, dizendo que o nosso relacionamento estava indo mal e que estávamos juntos apenas por companheirismo – tínhamos noivado alguns meses antes disso.
Junto com essa mensagem peguei várias outras, inclusive algumas que confirmavam as saídas dele para balada sem mim, uma desconfiança que eu já tinha.
Naquela hora eu cheguei no meu limite, tive um ataque de fúria. Ele saiu do banho e eu joguei o notebook no chão. Tentei alcançar o celular dele também, mas não consegui, ele foi mais rápido. Mas consegui pegar a chave do carro e saí da casa.
O carro ficava estacionado de frente para um muro. Eu entrei, liguei e dei ré no muro. E perguntei: ‘Quem é ela?’. Com cara de indignado, ele disse que não sabia. Bati o carro dele de novo no muro. E de novo, de novo e de novo. Até ele responder do que todas aquelas mensagens se tratavam.
Ele ficou tão assustado que confessou uma série de traições. Por dois meses depois disso, continuamos juntos. Ele me tratava como uma princesa. Eu até tentei perdoá-lo, mas não consegui. Terminamos definitivamente.
Me arrependi do que fiz, não está certo danificar os bens das outras pessoas, mas foi uma tentativa desesperada de fazer ele falar a verdade. Foi preciso chegar a este ponto para eu perceber que não me sentia segura com ele. Fazer terapia me ajudou bastante a superar o término desse relacionamento intenso. Nunca mais falei com ele.”
Janaína, 28, advogada
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