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Estas brasileiras mudaram a história. Mas você conhece a história delas?

Ilustração da guerreira Dandara - @Lole
Ilustração da guerreira Dandara Imagem: @Lole

Natacha Cortêz

da Universa, em São Paulo

29/03/2018 04h00

Madalena Caramuru viveu no começo do século 16, na Bahia, e foi a primeira brasileira alfabetizada da história. Dandara aprendeu a fabricar espadas e a lutar com elas; foi uma importante guerreira para o Quilombo dos Palmares. Maria Quitéria enganou todo mundo ao se vestir de homem e foi lutar contra o domínio português na Guerra da Independência (1822 a 1824). Indianara Siqueira nasceu em 1971, em Paranaguá, litoral do Paraná, e hoje é uma das lideranças mais atuantes da comunidade trans.

Essas e outras brasileiras impactaram a história e, indiretamente, a vida de quem é mulher no país. Mesmo assim, raramente aparecem nos livros ou ouvimos falar delas.

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Indiana Siqueira, coordenadora da ONG Trans-Revolução
Imagem: Divulgação

No livro "Extraordinárias - Mulheres que revolucionaram o Brasil" (do selo Seguinte da Companhia das Letras) a histórias dessas e mais 40 mulheres, brasileiras ou abrasileiradas, são contadas ao lado de retratos ilustrados por artistas mulheres, também brasileiras. 

Entre as heroínas da vida real estão mães, guerreiras, escritoras, atrizes, cantoras, estilistas, engenheiras. Mulheres que dedicaram suas vidas a lutar por seus ideais, mas que nem sempre foram compreendidas ou reconhecidas por suas trajetórias.

Dinalva Oliveira Teixeira, guerrilheira do Araguaia, foi uma dessas. "Dizem que pediu para ser executada de frente, olhando para seu algoz, sem se dar por rendida. (...) Aos 29 anos, levou um tiro no peito, outro na cabeça e foi enterrada ali mesmo. Seu corpo nunca foi encontrado", conta o livro escrito pelas jornalistas Duda Porto Souza e Aryane Cararo. 

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Bertha Lutz brigou pelo que acreditava em uma época em que mulheres precisavam pedir autorização dos maridos até para trabalhar fora de casa
Imagem: Bárbara Malagoli

Bertha Lutz, uma feminista pioneira, também perfilada por Duda e Aryane, brigou pelo que acreditava em uma época em que as mulheres precisavam pedir autorização dos maridos até para trabalhar fora de casa. Sua luta mudou significantemente o papel da mulher na política. Sem Bertha, talvez o voto feminino e a igualdade de direitos políticos tivessem de esperar para além da década de 1930 até virar realidade. 

O livro custa R$ 59,90 ou R$ 39,90, no caso do e-book.

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