Bebê quase perde os dedos do pé após enroscá-los em fios do cabelo da mãe
Após o parto, o cabelo de muitas mulheres tende a cair, e muitas vezes por uma distração os fios podem enroscar em algumas partes do corpo do bebê, como pés e mãos. E foi justamente isso que ocorreu com a escocesa Orla, de três meses, no ano passado.
Na Escócia, a filha da jornalista Gemma Fraser quase perdeu dois dedos do pé após alguns fios do cabelo da mãe provocarem uma espécie de torniquete, aliás o incidente é conhecido como “síndrome do torniquete”. Todo o processo para salvar a menina durou cerca de cinco semanas e envolveu uma cirurgia.
Os fios de cabelo cortaram a circulação dos dedos de Orla, fazendo com que ficassem bem inchados e vermelhos. Gemma percebeu que algo estava errado quando foi trocar a filha e viu que o pé dela estava vermelho.
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“Pensei que fosse uma reação alérgica, mas examinando vi que havia um cabelo enrolado em dois dedos do pé dela e estavam muito apertados, como um fio de queijo”, disse Gemma em entrevista ao tabloide inglês “Daily Mail”.
A mãe de Orla tentou puxar o cabelo sozinha, enquanto a filha gritava de dor, mas não conseguiu. Ela ligou para emergência e o paramédico conseguiu remover a maior parte dos fios com uma pequena tesoura, em cerca de 45 minutos.
Logo depois a família seguiu para um hospital, os médicos garantiram que os fios tinham sido removidos e prescreveram um creme antibiótico. Mas enquanto um dos dedos cicatrizou rapidamente, o outro continuou machucado.
“O tempo passou e ficou infectado. Tudo estava amarelo e saía pus da ferida. Levei ao médico, ele deu antibióticos, mas o dedo do pé ainda era três ou quatro vezes maior que os outros”, relatou Gemma.
Segundo Bruno Naves, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, a síndrome tem ocorrências eventuais, mas não muito frequentes. Ainda assim, é recomendado que os pais monitorem a presença de fios de cabelo ou de outra natureza (como de tecidos) nas extremidades do corpo dos bebês - principalmente aqueles com poucos meses de idade.
"A melhor forma de prevenção é dar uma examinada cuidadosa nos dedos das mãos, dos pés e até nos calçados dos bebês", explicou Naves em entrevista à BBC Brasil. "Crianças com até 3 meses são mais vulneráveis, pois não se movimentam muito e não têm os dedos suficientemente grossos. A manifestação da síndrome costuma começar com uma irritabilidade, um choro que ninguém dá conta. O local danificado fica vermelho, quente e inchado."
A saga de uma mãe
Convencida de que ainda havia algo errado com a caçula, a escocesa marcou uma consulta com um médico, que a encaminhou para o departamento de cirurgia plástica do hospital.
Uma enfermeira desconfiou que ainda tinham cabelos no local e por isso a cicatrização do dedo não ocorria. Por conta da idade, a garota não tomou anestesia geral, apenas contou com anestésicos no local.
“Ele pegou um bisturi, abriu o dedo do pé dela até o tendão e raspou tudo ao redor para cortar o cabelo que ainda estava lá. Fazia semanas, então havia muita coisa dentro. Orla gritava e tudo que podia fazer era segurá-la. Sabia que era o melhor. Só tinha que estar lá e abraçá-la, mas era muito angustiante vê-la com tanta dor”, contou a mãe.
Depois disso, a ferida começou a se curar. Orla agora tem um ano e carrega uma pequena cicatriz da cirurgia.
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