Carol Duarte: "Dizer que é gay ou trans ainda gera insegurança"
No último ano, Carol Duarte se tornou uma voz importante para a comunidade LGBT. Não só porque a atriz, aos 26 anos, fala abertamente sobre sua orientação sexual — Carol é gay — mas porque ela deu vida à Ivan, o personagem de "A Força do Querer".
Sua interpretação tirou a transexualidade do armário para boa parte dos brasileiros, que passaram a discutir o tema em seu cotidiano, e deu visibilidade para discussões importantes sobre os direitos de pessoas transgêneros.
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Uma das homenageadas do prêmio "Geração Glamour Women of the Year", a atriz falou sobre como enxerga o impacto de Ivan na sociedade.
"Poder dialogar com tantas pessoas sobre a questão de identidade de gênero foi muito rico porque, afinal, somos diferentes e devemos respeitar essas diferenças. Na minha época de colégio, as pessoas mal falavam sobre gays, lésbicas e trans. Isso mudou. A próxima geração não vai ter a ignorância que a minha teve ou da minha mãe, avó... Essa é uma enorme conquista".
Carol, que também é estrela de capa da edição de abril, disse que, apesar dos avanços, muitos atores ainda vivem com medo de assumir sua identidade ou orientação sexual.
"Dizer que é gay ou trans ainda gera insegurança porque continua sendo visto como algo ruim. As palavras “viado”, “sapatão” e travesti”, na nossa cultura, são xingamentos. Minha família sempre foi tranquila, mas eu sei que isso é uma bolha social, não é o comportamento mais comum no Brasil. A tendência é as pessoas terem preconceito".
Para ela, empoderamento tem tudo a ver com consciência do que representa ser mulher. "Na adolescência, vi que algumas coisas não eram legais, por exemplo: os meninos podiam perder a virgindade com quem quisessem, mas no caso das meninas tinha que ser romântico. Foi aí que comecei a entender meu lugar no mundo. Por isso, fico triste quando uma mulher é machista. A imposição cultural é tão forte que ela mesma se reprime", acredita.
A atriz no entanto vê de maneira positiva discussões como as que Ivan suscitou na tevê. "Ando me orgulhando em saber que a sociedade evoluiu de certa forma. Minhas avós viveram pior do que eu. E espero que, se tiver uma filha, ela viva melhor e assim por diante. Sou feliz em fazer parte dessa luta".
Filhos, aliás, estão nos planos de Carol, que namora com a fotógrafa Aline Klein. "Quero ser mãe, sim. Não sei quando porque deve ser uma experiência muito profunda...Tenho vontade de adotar, mas essa ideia ainda é meio nebulosa para mim".
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