"Não é fácil ser mulher", diz Carol Marra após cirurgia de redesignação
Em maio, fará um ano que a modelo e atriz Carol Marra optou pela cirurgia de resignação sexual. “Trinta e quatro anos depois, posso dizer que agora sou eu de verdade”, disse ela, com um sorriso no rosto, ao Universa, durante a inauguração da primeira loja do estilista Vitor Zerbinato, nessa terça-feira (3), em São Paulo (SP).
Mas nem tudo são flores. A atriz disse estar sentindo na pele os sintomas dos hormônios femininos tanto na questão psicológica quanto na física.
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“Tem coisas da mulher que vieram no pacote e eu não sabia: tenho TPM, sempre fui magra e agora como um pão e já sinto ele crescer na minha barriga. Comecei a acumular gordura, começou a aparecer uma celulite aqui, outra ali, estou com crise de calor, tenho vontade de fazer xixi toda hora, vontade de comer doce desesperada. Não é fácil ser mulher. Meu manequim era 36 e hoje é 40. Então é uma luta diária contra a balança”, analisou a atriz.
Mesmo com as descobertas efervescentes do que é ser mulher, Carol está desfrutando cada momento como se fosse único.
“Me olho no espelho e não me causa mais um constrangimento pessoal. Já fui massacrada por outras trans, que dizem que temos uma flor diferente entre as pernas e nem por isso deixamos de ser mulheres. Mas eu não me sentia mulher daquela forma. Deus foi muito generoso de permitir mudar a forma que originalmente ele pensou e criou pra mim, então eu me sinto plena e completa sim. Antes me faltava alguma coisa”
Realizada pessoalmente, Carol sabe que ainda tem muito chão pela frente. Atriz e jornalista por formação, seu pontapé inicial para estar nos holofotes.
Carol chegou às telinhas atuando em séries de canais fechados e com uma participação especial na novela Boogie Oogie, da TV Globo. Mas ela não se contenta somente com papéis de gênero. “Posso fazer papéis femininos e masculinos. Fico triste só por me darem papéis trans”, desabafou.
"É meio hipócrita, porque tem tanto ator homossexual que faz papel de galã e atrizes lésbicas que fazem papéis de mocinhas. Falta olhar, oportunidade”, analisa.
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