Novo programa de Ana Paula Padrão quer formar mulheres superpoderosas
Mais uma aposta da jornalista e apresentadora Ana Paula Padrão estréia segunda-feira na TV: o programa "SuperPoderosas". Estudiosa do universo feminino há pelos menos 18 anos, Ana Paula juntou-se à amiga e colega de profissão Natália Leite e formatou um programa para mulheres, com foco em empreendedorismo, autoestima e carreira.
"SuperPoderosas", que vai ao ar na Band, de segunda a sexta-feira, às 9h50, é o produto para televisão de uma plataforma digital que as duas criaram há quatro anos. A Escola de Você oferece cursos gratuitos para mulheres que querem se aprimorar profissional e emocionalmente. Com certificado da UNB (Universidade de Brasília) e chancelada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a escola já formou 400 mil alunas.
Em conversa com a reportagem da Universa, as jornalistas contam que a questão que sempre as intrigou foi: por que mulheres bem qualificadas não necessariamente conseguem sucesso e espaço no mercado de trabalho?
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"Queríamos entender o que gerava esse gap. E a resposta passa pela autoestima. É necessário usar a qualificação profissional de maneira inteligente e, para isso, você precisa gostar do que é e do que faz", fala Ana Paula, que não estará fisicamente em todos os programas, mas que fará entradas ao vivo, pelo celular. Uma curiosidade: a apresentadora do "MasterChef" poderá, algumas vezes, aparecer dos bastidores da competição. É difícil imaginar com ela consegue, mas Ana Paula é também diretora de redação da revista "Claudia".
A hora em que o programa vai ao ar, de manhãzinha, é a que atinge majoritariamente mulheres da classe C e acima dos 35 anos. O objetivo das apresentadoras, no entanto, é atrair outros - o ideal é todos - tipos de audiência feminina.
Público faz o programa do dia seguinte
O "SuperPoderosas" ficará 24 horas por dia no ar, dizem as apresentadoras. Isso porque, é da casa das telespectadoras que vem a demanda do programa a ser apresentado na manhã seguinte. Pelas redes sociais (Twitter, Facebook e WhatsApp), elas mandam depoimentos e perguntas sobre situações que estão vivendo. Horas depois, podem vê-los sendo discutidos pelas "aliadas", como são chamadas empreendedoras, consultoras financeiras e de imagem, entre outras especialistas que compõem o time do programa. Elas produzem e fazem reportagens de quadros que abordam problemas financeiros, de carreira e autoestima.
"São as dores que entendemos como as principais. Mulheres que se sentem frustradas por não fazerem o que gostam ou porque não se enxergam como empreendedoras. Elas acham que só fazem uma 'coisinha' para ajudar nas contas", explica Natália. "É o caso, por exemplo, das que fazem bolos, pagam muito do orçamento de casa com o dinheiro desse trabalho, e não percebem o negócio que têm nas mãos".
O quadro do programa que vai tratar de autoestima tem uma meta realista, e não fantasioso, como as tradicionais "transformações" de beleza: nada de lente nos dentes, próteses ou preenchimento. "O objetivo é ensinar soluções para que a mulher possa se virar sozinha depois. Esses arranjos passam, por exemplo, por arrumar a postura corporal dela, balancear seu tom de voz e ajudá-la a perceber com que tipos de roupa se sente melhor e mais confiante", diz Natália.
Uma das ideias centrais do "SuperPoderosas" é formar uma rede de apoio que não deixe as participantes esmorecerem depois do programa. Ana Paula chama essa corrente de "sororidade prática". "A Escola de Você, que é a raiz do programa, tem 200 embaixadoras pelo país. A atração vai ter as suas também".
"Queremos formar mulheres superpoderosas. Que se olham no espelho, gostam do que vêm e têm o poder de fazer as suas próprias escolhas", diz Ana Paula - a empoderada.
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