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Plasma Rico em Plaquetas: entenda o tratamento de beleza proibido no Brasil

Angelina Jolie é apontada como uma das celebridades que usa o PRP - Getty Images
Angelina Jolie é apontada como uma das celebridades que usa o PRP Imagem: Getty Images

Paula Roschel

em colaboração para Universa

11/04/2018 04h00

Angelina Jolie e Kim Kardashian estão na lista de celebridades apontadas por tabloides como fãs do Plasma Rico em Plaquetas (PRP), procedimento que mantém a pele mais jovem e radiante através de um processo complexo envolvendo o próprio sangue do paciente. Tal técnica, que já era quente anos atrás, volta com tudo nos mais recentes congressos médicos internacionais, com profissionais esperançosos e outros reticentes em usar o plasma humano. Mas afinal, o que está por trás dessa polêmica?

O que é o Plasma Rico em Plaquetas

A curiosidade é o primeiro passo para a técnica ser tão abordada pela mídia; mas, por trás do fator inusitado de ter o sangue como protagonista, existe ciência: “O PRP é uma técnica que consiste em retirar o sangue do braço do paciente, que é levado para uma centrífuga onde as células são separadas. O sangue centrifugado divide hemácias do plasma, que é sedimentado em porções entre as quais está o plasma rico em plaquetas. Logo após, ele é injetado nas áreas selecionadas do paciente”, explica dr. Ronaldo Soares, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

“É no plasma que se concentram as plaquetas e, dentro delas, os fatores de crescimento. Estes fatores então fornecem ingredientes ativos que aceleram a regeneração celular e estimulam a produção de fibras colágenas (responsáveis por manter a pele firme)”, completa.

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Promissor, mas ainda vetado

O PRP não está autorizado no país até o momento: “Seu uso na dermatologia é liberado pelo Conselho Federal de Medicina apenas para estudos clínicos e com aprovação prévia do comitê de ética”, alerta dra. Flávia Chehin, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A especialista ainda aponta alguns benefícios atribuídos ao PRP: “Há estudos do Plasma Rico em Plaquetas na dermatologia mostrando recuperação dos fios de cabelo, cicatrização de feridas, cicatrização da pele após o laser de CO2  e rejuvenescimento. No entanto, são estudos com pequenas amostras e sem padronização da obtenção do PRP.”

De acordo com a dra. Valéria Marcondes, dermatologista membro da Academia Americana de Dermatologia, o PRP injetado diretamente no couro cabeludo pode ser uma ferramenta de bioestimulação importante contra a calvície.

Diferente do microagulhamento

Kelly  Key e Luciana Gimenez já apareceram em suas redes sociais mostrando o rosto com partículas de sangue, mas tal imagem de impacto se deu por causa de outra técnica, o microagulhamento; método que faz pequenas perfurações para depositar produtos clareadores, antioxidantes, hidratantes e firmadores.

Então é importante salientar que o PRP e o microagulhamento não são a mesma coisa: “As técnicas de permeação do PRP podem ser através de aplicação direta sobre o tecido que se deseja regenerar, com injeções intradérmicas ou subcutâneas, ou através de drug-delivery (pequenos furos feitos na pele através de microagulhamento ou laser que permitem que ativos penetrem melhor na pele e potencializem resultados)”, pontua dr. Ronaldo Soares.

Ou seja, o microagulhamento pode ser apenas um veículo para o PRP e não seu protocolo em si.

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