"Conservadorismo trava os projetos dela", diz vereadora amiga de Marielle
"Tanto a câmara de vereadores do Rio, quanto a de Niterói, têm perfis muito conservadores, mas acredito que a pressão popular no dia possa ajudar. É difícil porque são pautas que olham para os esquecidos pelo poder público, mas há chance", diz Talíria Petrone (PSOL). O otimismo da vereadora de Niterói diz respeito à votação, no dia 2, quarta-feira, de sete projetos criados pela vereadora Marielle Franco, morta no Rio de Janeiro em 14 de março.
Creches noturnas, assistência para a construção de habitações de interesse social, a criação de uma campanha permanente sobre assédio de mulheres no transporte público e a efetivação das medidas socioeducativas em meio aberto para adolescentes infratores são algumas das pautas que serão votadas pelos vereadores da Câmara Municipal do Rio. A sessão extraordinária foi convocada pelo vereador Jorge Felipe, pelo presidente da câmara.
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"É mais uma maneira de fazer com que a Marielle esteja presente. E que seu legado não seja esquecido", diz Talíria. Amiga e com perfil parecido com o de Marielle, a vereadora niteroiense acredita que entre as pautas que serão votadas, uma das mais importantes é a da criação de creches noturnas. A opinião é compartilhada pelas vereadoras cariocas Teresa Bergher (PSDB) e Rosa Fernandes (PMDB)."O projeto que cria um programa de acolhimento a crianças no período da noite é muito bom e necessário", diz Rosa, que pretende votar a favor de todas as pautas propostas por Marielle.
"Não vejo problema em nenhum deles, ao contrário, todos representam lutas justas de vários segmentos da sociedade", complementa Rosa.
A vereadora Teresa Bergher, que já foi secretária de Assistência Social e direitos humanos, faz restrições ao projeto das medidas socioeducativas em meio aberto para adolescentes. "Tivemos experiências desse tipo que deram errado, mas preciso analisar o projeto mais a fundo para decidir", explica.
A militância de diversos segmentos tem feito pressão sobre os deputados para a aprovação das pautas. Luiz Ramos Filho (PODE), afirma ter recebido mais de 4 mil e-mails de lobby de ONGs, instituições e lideranças e 7 mil mensagens de Whatsapp.
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