Com protestos contra estupro coletivo, Espanha pretende mudar código penal
Após uma onda de protestos após pena dada a um grupo de estupradores, o porta-voz do governo Espanhol, Iñigo Méndez de Vigo, afirmou neste domingo (29) que a reforma do Código Penal espanhol passa a ser “prioridade”.
A atitude acontece após o tribunal de Pamplona, na Espanha, ter sancionado uma pena por "abuso sexual" a um estupro coletivo cometido por cinco homens contra uma jovem de 18 anos durante a famosa festa de São Firmino, em 2016.
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O crime não foi considerado "violência sexual", mas sim "abuso". Por esse motivo, os réus foram condenados a uma pena menor. Todos eles terão que cumprir nove anos de reclusão.
Com a condenação, considerada branda por movimentos feministas, protestos eclodiram pelo país nos últimos três dias. Coletivos em prol das mulheres levaram mais de 30 mil pessoas às ruas.
À época, a Espanha se chocou com a violência do crime, que foi filmado e premeditado pelos membros do grupo, que se organizaram via WhatsApp.
A defesa dos condenados iniciou uma campanha difamatória contra a vítima, contratando até mesmo um detetive particular para mostrar que a jovem levava uma vida “normal” após a violência.
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