9 filmes protagonizados ou dirigidos por mulheres para ver na Netflix
Por décadas - ou até tipo ontem, se você achar melhor assim - mulheres foram representadas como meras coadjuvantes no cinema. Para elas, restavam os papéis de mães, namoradas ou musas inspiradoras, que indicavam o caminho para o protagonista, floreando a complexa trajetória dos caras.
Veja, os números não metem: menos de um terço dos personagens com falas nos scripts de filmes blockbusters são mulheres, aponta um estudo da Universidade do Sul da Califórnia. De acordo com esse que é o maior levantamento já feito sobre o tema — reunindo 39788 papéis analisados em 900 filmes lançados entre 2007 e 2016 —, apenas 31,4% dos personagens com alguma fala nos roteiros dos 100 filmes mais populares do último ano são mulheres.
Veja também
- Primavera das mulheres e as direções que o feminismo toma no Brasil
- Desigualdade no cinema: mulheres têm menos de 1/3 dos papéis com falas
- No cinema nacional, atrizes negras estão em apenas 4% dos filmes
Contudo, há de se dizer que estamos diante de mudanças. Um caminho? Basta que mulheres estejam à frente dos projetos para que mulheres tenham papéis relevantes neles. A teoria é de Ava DuVernay, cineasta americana que defende uma mudança de paradigmas no cinema a partir da contratação de mulheres para a direção das obras.
Aqui, listamos dez filmes que estão na Netflix e trazem as mulheres como protagonistas, sendo na frente das câmeras ou atrás delas. Ava, com "Selma" e o documentário "13ª Emenda" é uma delas.
Jackie (2016)
Natalie Portman interpreta a primeira-dama americana nos dias que se seguiram ao assassinato de seu marido, o presidente John F. Kennedy, narrando o seu ponto de vista da história a um repórter enquanto revive os momentos mais intensos de sua vida.
Malala (2015)
Este documentário mostra a vida de Malala Yousafzai, uma garota de 15 anos que foi ferida num ataque do Talibã, no Paquistão, por usar sua voz para exigir educação as para mulheres de sua região. Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala acabou se tornando ícone de resistência.
Raw (2016)
Diriido por Julia Ducournau, “Raw” é um suspense psicológico que ficou famoso após fazer pessoas desmaiarem no festival de Toronto, impressionadas com o tema do canibalismo. Apesar do susto, o filme ganhou prestígio entre críticos e cinéfilos e conta a história de uma jovem vegetariana que é obrigada a comer carne crua durante um trote universitário e, a partir dessa experiência, começa a desenvolver um desejo por carne humana.
Nise: O Coração da Loucura (2015)
Ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise da Silveira (Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Seus colegas de trabalho discordam do seu meio de tratamento e a isolam, restando a ela assumir o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar com os pacientes, através do amor e da arte.
Ela Quer Tudo (1986)
Nesta comédia dirigida por Spike Lee, Nola Darling é uma jovem que cultiva três relacionamentos ao mesmo tempo. Os três querem que ela assuma um compromisso exclusivo com cada um deles, mas ela não aceita ser “propriedade” de um único parceiro. O filme ganhou recentemente uma série original Netflix, mas a versão original também está no catálogo.
A Incrível Jessica James (2017)
Jessica James é uma aspirante a dramaturga vivendo em Nova York, que acabou de terminar um relacionamento. Quando ela começa a sair com outro homem, os dois descobrem que podem ter muito em comum, apesar de todas as diferenças.
Frida (2002)
Salma Hayek interpreta a artista plástica Frida Kahlo na biografia que mostra como ela canalizou a dor de uma deficiência e de seu casamento tempestuoso em sua obra. É importante dizer que em meio às acusações contra o produtor Harvey Weinstein, Salma veio a público e disse que em Frida, por exemplo, ela sofreu diversos abusos dele.
De Cabeça Erguida (2015)
Catherine Deneuve vive uma juíza francesa que, ao longo de dez anos, encontra o mesmo menino repetidamente em seu escritório: uma criança negligenciada pela mãe que se transformou num jovem delinquente. Tentando reeducá-lo enquanto é tempo, ela o encaminha para diferentes tutores e instituições, evitando ao máximo a prisão.
"13ª Emenda"
Nesse documentário, Ava DuVernay mostra as consequências do regime escravocrata nos Estados Unidos. O filme é uma visão poderosa sobre como o sistema presidiário dos dias de hoje, que encarcera homens negros em sua maioria, tem elos íntimos com a escravidão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.