Rinomodelação: empinar nariz sem cirurgia tem riscos e pode levar a necrose
Famosas que desejam mudar de forma sutil a aparência do nariz, seja preenchendo depressões ou levantando a ponta, estão deixando as cirurgias plásticas de lado e embarcando na menos invasiva rinomodelação. O procedimento é feito com um produto injetado no nariz, com anestesia local, de forma indolor.
Indicação
Tal preenchimento com ácido hialurônico, substância amplamente utilizada em procedimentos estéticos, pode ser feito para certas condições da região: para deixar homogênea discretas assimetrias de contorno nasal e definir a ponta e corrigir a giba no dorso do nariz (o famoso "calombo").
Profissional habilitado x riscos
Pela lei brasileira, não apenas médicos, mas dentistas, biomédicos, farmacêuticos, fisioterapeutas e enfermeiros estão autorizados a realizarem o procedimento. Existem riscos presentes na técnica, agravados se o profissional responsável não for competente.
O procedimento pode causar complicações graves, como a necrose da pele do nariz. Por isso a necessidade de conhecer profundamente a anatomia da região.
Outro problema que pode acontecer após a rinomodelação é o afinamento da pele e eventuais infecções vindas de injeções muito superficiais. Elas devem acontecer profundamente, próximas aos ossos e cartilagens do nariz.
Cirurgia ou rinomodelação?
A prática é aconselhada em casos de correção de pequenas imperfeições, principalmente em pacientes que não querem a cirurgia de forma alguma. No entanto, a técnica é muito menos precisa do que uma cirurgia plástica convencional.
A rinomodelação tem vantagens como ser menos invasiva e menos custosa do que uma cirurgia. O preenchimento usado deve ser sempre absorvível, com ácido hialurônico.
Por ser uma substância bastante segura, maleável e com diversas densidades, é possível a aplicação de ácido hialurônico em diferentes partes do rosto, desde que o profissional seja devidamente capacitado para isso. Apesar da existência de diversas publicações científicas sobre a aplicação na região nasal, é importante que o médico tenha larga experiência e alto nível de qualificação técnica, tanto em relação à utilização de preenchedores de ácido hialurônico como em relação à complexa anatomia desta área.
Atenção! Substâncias como o PMMA jamais devem ser usadas nesse tipo de procedimento, pois têm enorme potencial de complicações que podem ser impossíveis de corrigir.
Contraindicações
A rinomodelação é contraindicada para gestantes, pessoas com doenças autoimune e ainda com lesões no local da aplicação.
Como o ácido hialurônico é absorvido pelo corpo, a técnica pode durar entre nove meses a um ano e meio, variando de pessoa para pessoa.
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Quero receberApesar da curta duração, não há risco de deformação por conta da substância, já que a mesma é natural do nosso organismo. No máximo, o nariz irá voltar ao formato que era anteriormente, após a absorção do ácido.
Rinomodelação
O que é? Preenchimento com ácido hialurônico no nariz para igualar possíveis ondulações e empinar a ponta.
Resultados esperados: Nariz com contornos mais definidos.
Duração: A técnica dura até 18 meses, necessitando de reaplicação integral do preenchedor. A sessão dura em torno de 30 minutos.
Quantidade de sessões: Única.
Contraindicação: Gestantes, pessoas com doenças autoimune e ainda com lesões no local da aplicação
Manutenção: Após o procedimento, evitar pegar peso ou fazer esforços físicos, não se expor ao calor ou sol e dormir com dois travesseiros, para a cabeça ficar mais elevada.
Dentistas estão habilitados
O Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais procurou a reportagem e afirmou que os cirurgiões dentistas estão habilitados a realizar rinomodelação, sendo certo que a especialidade de harmonização orofacial é exclusiva da odontologia.
A harmonização orofacial foi reconhecida como uma especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) com a edição da Resolução CFO 198/2019. Essa especialidade abrange um conjunto de técnicas e procedimentos que visam a harmonização da face, incluindo a aplicação de toxina botulínica, preenchedores faciais, fios de sustentação, bioestimuladores, e a própria rinomodelação.
CRO-MG, em nota
"Os cirurgiões-dentistas possuem uma formação robusta e abrangente em anatomia, fisiologia e patologia da região orofacial. Essa formação, aliada a especializações em harmonização orofacial, os capacita a realizar procedimentos estéticos com segurança e eficácia", continua o documento.
Fontes: Ronaldo Soares, cirurgião plástico; Alan Landecker, cirurgião plástico e Especialista em Rinoplastia pela University of Texas Southwestern; Thiago Biasi, cirurgião plástico; Karina Gilio, cirurgiã plástica.
*Com matéria de maio de 2018.
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