Paulistanos são mais tolerantes com pessoas LGBTs "distantes", diz pesquisa
Uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo em parceria com o Sesc revelou que pelo menos 40% dos paulistanos são contra a demonstração pública de afeto (como beijos, abraços e mãos dadas) entre casais homossexuais.
O levantamento "Viver em São Paulo: Diversidade" -- primeiro do tipo na capital paulista -- foi lançado na manhã desta terça-feira (22) e apresentou diversos dados sobre o ir e vir da população LGBT em São Paulo.
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Uma das principais conclusões da pesquisa é que, quando o assunto são direitos LGBT, os paulistanos tendem a ser mais tolerantes com casos que estão fora de seus espaços de circulação -- fora da família ou do ambiente de trabalho, por exemplo.
Exemplo disso é que espaço público e transporte público foram os lugares em que os entrevistados mais presenciaram casos explícitos de homofobia -- 51% e 46%, respectivamente.
Por outro lado, 54% da população da cidade é favorável à criação de programas de incentivo à profissionalização e à inclusão de pessoas LGBT no mercado de trabalho, como o programa Transcidadania, que foca a população transexual e travesti.
A proposta de inclusão com menor aceitação popular, segundo a pesquisa, é a criação de banheiros unissex -- apenas 20%.
Segundo Jorge Abrahão, um dos responsáveis pela pesquisa, a ideia é recalcular os números ano a ano, de forma a compor um gráfico de melhora ou piora da relação da cidade com a população LGBT.
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