"Não admito que falem do meu feminismo", diz MC Carol sobre abuso em show
Depois que um de seus dançarinos foi acusado de abusar sexualmente de uma jovem durante um show em São Paulo, MC Carol pediu desculpas "a todas as mulheres" e disse que demitiu o profissional da equipe.
Apesar de reconhecer que foi injusta ao defendê-lo logo depois da denúncia, a funkeira disparou: "Não admito que falem do meu feminismo".
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O caso aconteceu no último sábado (26), durante o festival XXXbórnival. Uma estudante de 23 anos foi chamada para subir ao palco e dançar com MC Carol, mas acabou sendo assediada por um dançarino que, vestido de macaco, colocou a jovem "em posições sexuais esdrúxulas, de quatro, com a perna aberta e no colo dele", segundo relatou a vítima.
"Estou fraca, nunca imaginei passar por esta situação", disse a cantora, depois da repercussão da denúncia da estudante.
MC Carol foi muito criticada pelos fãs, que questionaram sua postura feminista depois que ela escreveu sobre o caso, dizendo que nunca tinha visto um dançarino seu assediando ninguém. "100% feminista só quando convém", comentou uma seguidora, em referência à musica "100% feminista", que canta em parceria com Karol Conka.
Na tarde desta terça-feira (29), MC Carol pediu desculpas à vítima e "a todas as mulheres", explicando que viu a situação e ordenou diversas vezes que o dançarino largasse a estudante.
"Não me deram tempo de entrar em contato e oferecer alguma ajuda a ela. Comecei a receber várias mensagens pesadas, falando que eu só sou feminista quando convém. Eu tenho muito orgulho de ser feminista e eu quero lutar pela causa na política", disse a funkeira, que é pré-candidata a deputada federal.
Feminicídio
No texto, MC Carol lembrou episódio recente em que foi vítima de tentativa de feminicídio, atacada pelo ex-namorado com uma faca enquanto dormia.
"Eu já estava morta, mas no último minuto Deus e meu feminismo me salvaram e me fizeram reagir", desabafou.
A funkeira lembrou que já sofreu duas situações de estupro e que trabalha para evitar que casos como o dela se repitam, escrevendo letras que falam sobre violência doméstica, feminicídio, estupro, racismo e arbitrariedade policial.
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