Mischa Barton sobre pornô de vingança: "mistura de raiva, medo e incerteza"
Mischa Barton ainda sente o impacto da violência sexual que sofreu por parte de um ex-namorado.
A atriz de "The O.C." refletiu sobre o vazamento de seus vídeos íntimos — a prática conhecida como revenge porn ou pornografia de vingança — em uma entrevista à Amanda Knox para o quadro "The Scarlett Letter Reports", mantido pelo site feminino "Broadly" no Facebook.
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"Eu fiquei com medo [quando descobri o vídeo]. Eu senti muitas coisas. Era uma mistura de emoções. Eu tenho certeza que muitas mulheres que passam por algo similar, têm a mesma mistura de sentimentos de raiva, medo e incerteza", desabafou.
"Acho que é justamente isso que pessoas que fazem este tipo de coisa estão buscando, que você sinta vergonha e não lute contra. E, para ser honesta, sua cabeça fica girando e você não sabe o que fazer. Mas no fim das contas, eu fui criada para ser muito mais forte do que aquilo".
Jon Zacharias não só publicou as imagens como tentou vendê-las, segundo a atriz, em seguida. Diante da situação, Mischa entrou na Justiça americana contra o ex e conseguiu que ele fosse obrigado a entregar todo o material à sua advogada. Ela ainda conseguiu uma ordem judicial que o impede de se aproximar dela, afirmou em coletiva à imprensa em junho de 2017.
"Eu não tive escolha. Ele estava tentando conseguir dinheiro com aquilo. Ele colocou um preço de meio milhão de dólares", relembrou.
A relação com o ex e o #MeToo
Para Mischa, era difícil acreditar que o Jon fosse capaz do que fez.
"Eu achava que ele era confiável. Eu não sabia de nada até que um dos amigos dele veio e disse para mim: 'Você deveria ter cuidado com ele'. A partir deste momento, eu comecei a sentir que havia um problema".
A atriz também disse que seu sentimento de medo foi aplacado, em parte, pelo crescimento do movimento #MeToo, em que mulheres denunciaram assédios e abusos sexuais no mundo todo.
"Era um tabu imenso. Eu não tinha ideia do que era um pornô de vingança – era um assunto completamente estranho para mim. Eu acho que nós somos sortudas por vivermos em um tempo como esse em que, finalmente, nós podemos trazer à tona a discussão do feminismo e do empoderamento das mulheres", acredita.
"Há muita força nessa discussão. Nenhuma mulher deveria ter que passar por isso. É uma coisa difícil de se fazer, mas eu fico feliz de finalmente levantar minha voz".
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