"Queer Eye": por que assistir a uma das séries mais importantes da Netflix
Existe uma avalanche de séries ‘recovery ou "makeover", aquelas em que especialistas reformam a casa, a cara ou as duas coisas de um personagem geralmente desleixado.
“Queer Eye”, porém, é uma das poucas que dribla a futilidade do gênero e demonstra valores e discussões atualizados e respeitosos aos ‘transformados’. A segunda temporada acaba de estrear na Netflix. Vale a pena ver.
Comando pelos Cinco Fabulosos, a série costuma ir a cidades pequenas dos Estados Unidos em busca de homens e mulheres com diferentes orientações e identidades de gênero, que precisam dar um ‘up’ em várias áreas de suas vidas. O grupo reforma a aparência, o guarda-roupa, a casa, a habilidade na cozinha e também a autoestima.
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Mas não é só isso. Em meio às histórias, há espaço para falar de racismo, violência policial, homofobia e exclusão social. Isso tudo sem ser excessivamente militante: os assuntos vêm à tona com a ajuda dos personagens, que vão de pastores evangélicos, policiais a homens héteros e gays que se isolaram após traumas e inseguranças.
As histórias dos Fabulosos também entram na narrativa, afeiçoando quem assiste a cada um deles por motivos diferentes. Os enredos emocionam fácil, fácil.
Não espere alguém ser humilhado por causa do guarda-roupa em “Queer Eye”.
Os personagens não passam do moletom cheio de pelinhos para a última coleção da Gucci. Tan, responsável pelo guarda-roupa, vai em busca de uma loja próxima ao personagem para montar um look elegante, mas acessível e confortável. Em um dos episódios da primeira temporada, ele consegue compor uma bela combinação em um supermercado!
O convidado também não precisa emagrecer para se sentir bem, o que sempre foi uma das marcas desse tipo de série. Ao contrário, o fabuloso Jonathan faz cortes de cabelo e cuidados simples -- como cremes faciais, tirar o pelo do nariz -- para revolucionar o visual.
“Queer Eye” traz duas mensagens atualizadas da geração: a de aproximação e respeito ao próximo e também para si mesmo. Ao mesmo tempo, não se omite e questiona a turbulenta e dividida sociedade em que vivemos. É importante, é divertido.
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