No Sudão, Ashley Judd fala sobre #MeToo e ajuda mulheres a denunciar abuso
Ashley Judd está em Juba, no Sudão do Sul, na missão de ajudar vítimas da guerra que já dura cinco anos no país.
Por lá, a atriz está trabalhando em acampamentos de famílias desabrigadas e prestando apoio especialmente a mulheres vítimas de violência sexual. "Eu vejo você, eu te amo e estou aqui para você", disse, ao "Associated Press".
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Judd é embaixadora global do Fundo de População da ONU e aproveitou a viagem para falar sobre o movimento #MeToo, que incentiva mulheres a denunciar a violência sexual e não se sentir culpada pela violência.
"Somos todas mulheres e somos todas iguais", disse, rodeada por mulheres na maternidade do acampamento das Nações Unidas.
A atriz foi uma das primeiras a levantar a voz contra o produtor Harvey Weinstein, denunciado em outubro de 2017 por abusar de centenas de mulheres na indústria cinematográfica, tornando-se uma das mais importantes personalidades do #MeToo.
Ela acredita que foi empoderada pelas acusações e que o episódio mudou sua vida – por isso, quer levar ajuda para que outras vítimas da violência machista denunciem seus agressores.
No Sudão do Sul, 65% das mulheres sofrem abuso físico ou sexual durante a vida, taxa de violência de gênero que é o dobro da média mundial, de acordo com estudos publicados pelo Comitê Internacional de Resgate em parceria com o Global Women's Institute.
"Este não é o único país que precisa fazer denúncias", disse a triz e embaixadora. "O mundo só vai mudar quando um abusador se levantar e disser 'eu fiz uma cagada, me desculpe'", acredita.
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