Nanette: está todo mundo falando dessa comédia. E com razão
Eu não gosto de comédias. Muito menos de stand up. Mas como todas minhas amigas estão falando do especial da Netflix "Nanette", resolvi assistir. Valeu cada segundo daquela uma hora e nove minutos. Basicamente porque a comediante Hannah Gadsby desafia em seu show todas as regras das comédias. A começar pelo fato de que ela já chega dizendo que vai se aposentar, porque cansou de fazer piadas sobre seus traumas.
Eu me rebaixo para poder falar, para pedir permissão para falar e eu não vou mais fazer isso - nem comigo, nem com ninguém que se identifica comigo
Hannah é uma mulher lésbica, que não se conforma com os padrões de gênero e que cresceu em um estado australiano onde ser gay era ilegal até 1997. No show, ela conta que passou parte da sua carreira fazendo piadas de si mesma e que não vai mais fazer isso. E por uma hora, ela arranca muitas risadas da plateia, sem zoar de grupos marginalizados, mas sim questionando as violências do machismo e homofobia. Mas mais do que as risadas, essa comédia também é cheia de dor e raiva, de uma forma que traz identificação para quem já passou pelo que Hannah viveu e uma lição para quem perpetua as violências que ela sofreu.
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