Malala vai apoiar ativistas pela educação no Brasil
Em evento em São Paulo nesta segunda-feira (9) a ativista paquistanesa Malala Youzfai contou que pretende apoiar, através de sua fundação, a atuação de ativistas pela educação no Brasil. "Queremos focar onde nosso apoio é mais necessário", contou ela, completando que pretende centrar as ações na região Nordeste.
Oficialmente, as ações de Malala por aqui só serão anunciadas em alguns dias, mas ela adiantou que por meio da iniciativa Gulmakai Network, quer incentivar e fortalecer a rede de ativistas no Brasil. "Temos que trabalhar com quem conhece os problemas e as melhores formas de resolvê-los", disse ela.
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Investimento a longo prazo
Malala falou em evento promovido para convidados e jovens membros de ONGs ligadas à educação no Auditório do Ibirapuera. Ao seu lado estavam também Ana Lúcia Vilela, do Instituto Alana; a escritora Conceição Evaristo; a ativista Tábata Amaral, e Tia Dag, da ONG Casa do Zezinho.
A conversa abordou a importância da educação para o empoderamento das meninas, passando pela leitura, pela conexão em sala de aula e da diversidade.
"Educação é o melhor investimento a longo prazo que pode ser feito", disse Malala, que foi a mulher mais jovem a ganhar um prêmio Nobel da Paz. Ela milita pelo acesso de meninas à educação desde o início da adolescência e levou um tiro na cabeça em um atentado aos 15 anos.
Educação é o melhor investimento a longo prazo que pode ser feito
Ela reforçou a importância de trazer o tema para o debate político, para que meninas tenham possibilidades de futuro além da pobreza.
"Nunca subestime o poder que você tem"
Malala também ressaltou a importância de que todas sigam lutando pelo direito de estudar e mencionou histórias de superação de meninas nos diversos países por onde visitou. "São meninas que continuam lutando, que não perdem a esperança. Se elas não perdem a esperança, por que nós deveríamos?".
Para as brasileiras, ela deixou uma mensagem de força e inspiração: "você não deve nunca subestimar o poder que você tem". E contou como, muitas vezes, duvidou do próprio poder. "A gente continuou levantando a voz, mesmo que não pudéssemos ver os resultados. E meses depois, nossas vozes foram ouvidas".
Ela ainda encerrou o evento com um chamado à ação: "você não deve ficar esperando que alguém fale por você. Precisa levantar sua voz".
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