Demi Lovato inspirou garotas ao lidar com dependência em público; relembre
Demi Lovato cresceu frente aos olhos do público. Aos 10 anos, ela já era uma das estrelas de "Barney e Seus Amigos", do Disney Channel, e dali em diante teria uma frutífera carreira tanto como atriz, como (e ainda mais) como cantora.
Aos 25, no entanto, ela é mais para seu público do que a voz favorita por trás de canções emocionantes ou do que a lembrança dos papeis que encarnou.
Demi se tornou sinônimo de força e inspiração para jovens mulheres ao redor do globo pela franqueza com que sempre tratou e encarou os obstáculos em sua jornada por autoestima e saúde mental. Diagnosticada com transtorno bipolar, bulimia e dependência química, ela lidou com altos e baixos sob os holofotes.
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Nesta terça (24), a estrela parece ter vivido, mais uma vez de maneira bem pública, mais um destes pontos baixos. Segundo o "TMZ", Demi foi socorrida em sua casa em Hollywood após uma overdose de opiáceos. Relembre a jornada de Demi para lutar contra seus demônios:
1. O início do abuso de substâncias
Demi começou a usar drogas ainda na adolescência, em meio ao bullying que relatou sofrer na escola e às pressões do estrelato. Em seu documentário "Simply Complicated", de 2017, ela refletiu sobre o que a levou ao vício.
"Meu pai era um dependente químico e um alcoólatra e acho que sempre procurei pelo que ele encontrou nas drogas e no álcool porque o satisfez e ele escolheu isso em vez de sua família".
2. O "fundo do poço"
Entre 2010 e 2012, Demi passou pelo período até então mais difícil para sua saúde, em que dizia não conseguir passar "30 minutos sem usar cocaína". Ela foi alvo de diversas intervenções da família e dos amigos após incidentes relacionados com drogas. Por algumas vezes, ela tentou fazer tratamentos, mas acabava recaindo no vício.
O primeiro deles foi o soco em uma de suas bailarinas de turnê que havia contado aos seus pais, seu empresário e Kevin Sr., pai dos Jonas Brothers, seus amigos e parceiros de turnê, que ela havia consumido drogas durante uma festa que destruiu um hotel. Outro momento desafiador foi dividido, por ela, no palco de um show em Nova York em março.
"[Me lembro que], seis anos atrás, eu estava bebendo vodca de dentro de uma garrafa de Sprite às 9h da manhã e vomitando no carro. Lembro de pensar: 'Isso não é mais bonitinho. Não é mais divertido. Sou igual ao meu pai".
3. A intervenção e a entrada na reabilitação
Demi, até então, resistia às investidas dos entes queridos para se tratar. Em entrevista ao "The Jonathan Ross Show", em 2017, ela explicou que percebeu que não poderia continuar naquele ritmo justamente naquele incidente em seu carro. Ela então recebeu um ultimato da família em uma nova intervenção no dia seguinte.
"Eu sabia que eu tinha muita vida a minha frente, mas uma das principais razões para ficar sóbria foi para que eu pudesse estar perto da minha irmãzinha [Madison de la Garza, então com 10 anos], porque meus pais diziam que eu não podia enquanto estivesse usando drogas".
A cantora então aceitou se mudar para uma clínica de reabilitação, onde viveu por mais de um ano.
4. A recuperação
Durante seu tratamento, Demi diz ter recebido de seu empresário, Phil McIntyre, o estímulo para seguir o caminho da recuperação: ele ofereceu a ela a oportunidade de dividir sua jornada com os fãs e inspirar outras pessoas passando por problemas com álcool e drogas a ficarem sóbrios.
Neste período, ela começou a trabalhar nas canções do álbum Unbroken. Mais tarde, ela explicaria ao apresentador Ryan Seacrest a decisão de ter mantido os vocais originais — de quando ainda vomitava após cada refeição e usava drogas — em "Skyscraper".
"Para mim, era muito simbólico ouvir a canção que gravei antes do tratamento e vê-la dar uma mensagem. É louco ver como as coisas funcionam, como se tornou um símbolo que representa o quero espalhar pelo mundo, sobre receber ajuda e superar problemas como aqueles com que eu e meus fãs estamos lidando".
5. O ativismo por autoestima e saúde mental
Depois de sua recuperação, Demi abraçou para si a responsabilidade de repassar a mensagem de que a recuperação é possível para fãs e outros dependentes químicos.
Ela se uniu a instituições filantrópicas e frequentemente falava em público sobre como fazia a manutenção de sua sobriedade, como no Brent Shapiro Foundation For Drug Prevention Summer Spectacular, em março.
"Todo dia é uma batalha. Você tem que encarar um dia de cada vez, uns são mais fáceis do que outros e você esquece como é beber e usar, mas, para mim, trabalho na minha saúde física e mental. Vou ao terapeuta duas vezes por semana. Tomo meus medicamentos. Vou a reuniões no AA. Faço o que posso na academia. É minha prioridade."
6. A recaída
No entanto, em junho, Demi admitiu através da letra de mais uma de suas canções, "Sober" (Sóbria, em tradução livre), que havia tido uma recaída após 6 anos de sobriedade. Suas redes sociais, além de fãs e amigos, mencionam que ela havia voltado a frequentar festas em que era vista com copos na mão.
A própria cantora já havia falado ao "Refinery29" em 2016 como, para sua sobriedade, ela havia descoberto ser fundamental evitar gatilhos, ou seja, situações que pudessem despertar seu desejo de usar drogas.
"Tive que aprender do jeito mais difícil que não posso mais ir a festas. Algumas pessoas podem sair e não experimentar gatilhos, mas este não é o caso para mim. Sei que minha vida parece chata, mas eu prefiro estar relaxada do que bem vestida em um clube com pessoas que não ligam para o meu bem-estar".
No entanto, Demi garantiu na mesma entrevista que quer vencer as expectativas que as pessoas têm em relação a ela.
"Ainda sou subestimada. Ainda tenho mais coisas a provar — não apenas aquilo que posso fazer com a minha voz. Algumas pessoas acham que, porque sou jovem, não posso continuar sóbria. Mas estas são as coisas que quero provar a mim mesma [que posso fazer]".
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