"Time's Up" doará quase R$ 3 milhões a trabalhadores que sofreram abuso
A iniciativa "Time's Up", fundada por famosas como Reese Witherspoon, Emma Stone e Shonda Rhimes para combater o assédio e abuso sexual dentro e fora de Hollywood anunciou uma nova medida nesta terça (14).
Seu fundo, antes destinado apenas a custos legais de mulheres que quisessem processar seus agressores sexuais e não tivessem condições financeiras, doará agora US$ 750 mil, isto é, cerca de R$ 3 milhões a 18 grupos de apoio a trabalhadores domésticos e/ou que ganham salário mínimo para que estes possam buscar seus direitos básicos.
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Fatima Goss Graves, CEO da "National Women’s Law Center" (Centro Nacional Legal da Mulher, em tradução livre), uma organização sem fins lucrativos que administra o fundo da "Time's Up" afirmou ao jornal "The Guardian" que esta é a primeira vez que a organização doará dinheiro para outros grupos.
O objetivo é atingir mais vítimas e comunidades que tenham encontrado dificuldades de procurar ajuda ou conseguir um serviço gratuito para auxiliá-las a lidar com situações de abuso no local de trabalho.
"Sabemos que é difícil alcançar alguns trabalhadores. Ter o apoio de uma organização que já trabalha profundamente nestas comunidades e que ajude a navegar onde ir, que ajude [os trabalhadores] ao longo do processo é crítico para a próxima fase [do projeto]", explicou.
Ela ainda disse que esta é a melhor maneira de atingir trabalhadores de diversas partes dos EUA, e não apenas da Califórnia, onde a iniciativa foi fundada.
Entre os recipientes do auxílio financeiro da "Time's Up" está o Asian/Pacific Islander Domestic Violence Resource Project, que treina pessoas que possam atuar na organização de comunidades de origem chinesa, vietnamita, japonesa e urdu, criando workshops profissionalizantes ou orientando na tradução de documentos para o inglês.
A New Mexico Coalition of Sexual Assault, que combate a violência sexual no estado do Novo México, receberá US$ 40 mil, ou seja, mais de R$ 150 mil para desenvolver material e programas de educação sobre o assunto em comunidades locais, que incluem as de mulheres de origem indígena e asiática, pessoas trans e aquelas com algum tipo de deficiência.
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