6 vezes em que Aretha Franklin mostrou a força das mulheres negras
Aretha Franklin morreu nesta quinta-feira (16), aos 76 anos, após lutar contra um câncer, desde 2010.
Além de emprestar sua voz consagrada a músicas como "Natural Woman" e "A Rose Is Still A Rose", a norte-americana foi uma importante figura à frente da luta pelos direitos civis e fez grandes conquistas para o movimento feminista.
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Amiga de personalidades como Angela Davis, Martin Luther King e o casal Obama, a "rainha do soul" deixa um belo legado na música, mas, especialmente, na história das mulheres negras. Relembre:
1.- Fez de "Respect" um hino pelos direitos civis e pela liberdade feminina
Em 1967, a cantora lançou o single "Respect", escrito por Otis Redding.
Em frases como "Tudo que eu estou pedindo é um pouco de respeito, eu estou cansada de continuar tentando", ela canta pela liberdade dos negros e das mulheres norte-americanas na década de 1960, quando militantes pelos direitos civis eram reprimidos e presos.
Até hoje, 40 anos depois, a música é considerada um hino da resistência dos movimentos negro e feminista. Ouça:
2. Foi a primeira mulher registrada no Rock & Roll Hall of Fame
Em 1987, Aretha Franklin foi o primeiro nome feminino registrado na calçada fama do rock, em Cleveland, nos Estados Unidos.
Ao longo de sua carreira, ela sempre deu preferência a interpretar músicas de outras cantoras e compositoras mulheres, como Billie Holiday e Dinah Washington.
3. Lutou pelos direitos civis e ajudou a libertar Angela Davis
Duas mulheres importantes à frente da batalha pelos direitos civis nos Estados Unidos, não é de surpreender que Franklin e Davis fossem não só companheiras de luta, mas amigas.
Em 1970, quando a filósofa foi presa, Aretha Franklin apoiou a amiga e disse à imprensa que estaria disposta a pagar por sua fiança, independentemente do valor. "Os negros me ajudaram ganhar dinheiro e eu quero usá-lo no que for necessário para garantir a nossa liberdade", declarou à revista "Jet".
4. Marchou ao lado de Martin Luther King (e foi amiga dele)
A morte de Martin Luther King impactou diretamente a família de Aretha Franklin, que como "Doctor", como era conhecido, usava as igrejas evangélicas como espaços para discutir os direitos civis nos Estados Unidos.
No funeral dele, em 1968, a cantora fez questão de prestar uma homenagem e cantou "Precious Lord, Take My Hand", uma das músicas mais queridas por King. Nos meses seguintes, continuou cantando em memória do amigo, citando seu nome durante os shows.
5. Celebrou a posse de Obama e arrancou lágrimas do ex-presidente
Quando Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 2009, Aretha Franklin fez questão de cantar durante a cerimônia para celebrar que o país teria pela primeira vez um negro como chefe de estado.
Em 2014, a cantora fez uma apresentação histórica durante o prêmio Kennedy, em homenagem a Carole King. Na plateia estavam Viola Davis, que aplaudiu aos pulos, e Michelle e Barack Obama, que não esconderam as lágrimas.
6. É a mulher negra com mais prêmios Grammy na história
Em 60 anos de carreira, Aretha levou para casa 18 estatuetas do Grammy, o Oscar da música. Além disso, ela é a segunda mulher mais premiada da história, perdendo apenas para Alisson Krauss, que ganhou o gramofone 27 vezes.
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