Condutor urinário: passei um dia fazendo xixi em pé e conto como foi
Faço xixi a rodo. Nem bebo tanta água assim, mas o trabalho excessivo da minha bexiga se deve a uma patologia chamada bexiga hiperativa. No frio, como acontece com a maioria das pessoas por aí, o intervalo diminui. Foi o que aconteceu na segunda-feira (20). Tinha alguns compromissos pela manhã, que envolviam banheiros sujos e desconfortáveis, e decidi testar o tal condutor urinário para mulheres fazerem xixi em pé. O que eu usei, da marca Fleurity, custa R$ 49,90, é rosa e tem glitter. Chique!
Funciona assim: é só encaixar o objeto — que é uma prótese de borracha, molinha e dobrável — na vulva, e o xixi escorre na diagonal, mirando na privada, sem a necessidade de sentar no vaso sanitário. Querem um spoiler? Minha experiência não foi tão bem-sucedida até aprender a usar.
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Antes de sair de casa, pensei: vou testar o apetrecho por aqui. Se nada der certo, estarei equipada com chuveiro, calcinhas limpas e toalha. O manual dizia de forma simples e prática: encaixe com firmeza, faça xixi, tire, jogue uma aguinha e pronto. Lá fui eu. No primeiro jato, tudo deu certo. O xixi escorreu pelo funil de plástico até a privada. Tirei o condutor e joguei direto no chuveirinho, lavei e ficou limpinho.
Enfiei o mijador no plástico e coloquei na bolsa, junto a uma garrafinha d'água, para lavá-lo quando estivesse na rua. Uma calcinha reserva também. E lencinhos umedecidos. Que trampo! Saí de Santo André, no ABC Paulista, e corri para o centro de São Paulo. Antes de chegar na Sé, onde precisava resolver algumas coisas, a vontade de fazer xixi veio. Escolhi o mais porco boteco da rua, feliz e saltitante, já que não precisaria sentar na privada. Entrei por um corredor bem apertadinho, esbarrando a mochila nos bancos. Perguntei onde era o banheiro e o garçom esbravejou que os sanitários eram destinados apenas a clientes. Pedi duas águas e a chave. Lá fui eu.
O chão estava molhado e bastante sujo, parecia que mil dançarinos de frevo tinham feito uma performance lá dentro. A tampa do vaso tinha respingos de xixi, e alguém havia esquecido de dar a descarga. Abaixei a calça com cuidado para que não arrastasse no chão, acoplei meu mijador com uma mão enquanto segurava a porta, que não trancava, com a outra. A situação não era das mais confortáveis e não segurei o condutor com firmeza. Parte do xixi foi para o vaso, parte escorregou pela minha perna até a calça. Percebi que não tinha encaixado direito. E aí? Aí já era tarde. Para completar, quando desencaixei o apetrecho para lavar, tinha um restinho de xixi ali dentro que pingou, de novo, na minha calça. Maravilha.
Lavei com a água da garrafinha e coloquei no plástico de novo. Peguei um lencinho umedecido e cuidei das minhas pernas. Prevenida que sou, tinha uma calcinha reserva na bolsa. Com a calça, foram três Pai Nosso, quatro Ave Marias e algumas esfregadas de lencinho umedecido. Fui trabalhar mijada. Ninguém percebeu. Ou a turma fingiu que não percebeu.
Entre as 11h e as 19h, na redação, aproveitei para testar o condutor mais três vezes durante os xixis do dia. O ambiente era seguro e eu podia tirar a calça na hora de urinar. Encaixei com firmeza, deixei o condutor bem rente ao corpo e segurei firme. Tudo certo da primeira vez, mas esqueci que depois de tirar, ele pingaria. Pelo menos não foi na calça.
Nas últimas duas vezes, tomando os devidos cuidados, tive total sucesso. Segurei firme, fiz xixi, dei uma balançadinha, joguei água, limpei a pepeca e saí feliz.
Saldo do dia: funciona, com ressalvas. Provavelmente, farei bom uso dele em shows e no Carnaval.
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