Swing para iniciantes: o que é bom saber antes da troca de casal
Apesar de ser uma prática antiga, foi somente nos últimos anos que o swing ou troca de casais ganhou visibilidade e mais adeptos. Basta reparar, há dez ou 15 anos, o termo era quase um tabu. Mas o que é swing? É quando um casal, normalmente para sair da rotina, decide fazer uma troca de parceiros sexuais e até transar em grupo --tem gente que vai com ficantes, também.
No entanto, realizar a fantasia não é tão simples. O casal interessado em experimentar o swing deve, antes de tudo, ter muita conversa e estabelecer algumas regras para que isso não interfira e atrapalhe o relacionamento.
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Fechou comigo?
Quem acha que isso irá ajudar a sair do tédio ou salvar a relação está completamente enganado. Entrar na prática do swing pensado somente em realizar o desejo do companheiro ou companheira é perigoso. “Pensando assim, a possibilidade de se complicar é grande”, diz o psicólogo especialista em sexualidade Marlon Mattedi, que comanda o site Sexo Sem Dúvida. O ideal é que a primeira experiência só aconteça se houver desejo de ambos.
Ou seja, swing não é bagunça! Segundo Mattedi, o casal interessado em trocar de parceiro só deve fazer isso depois de muito entendimento, pois é preciso ter muita segurança. “Uma dupla que já falou de sexo entre os dois várias vezes e que entrou em acordo do que vale e o que não vale nos desejos de cada um, terá mais facilidade de aproveitar os momentos no swing”, diz o especialista.
Mas não é traição?
Para os praticantes, o envolvimento sexual com uma ou mais pessoas não é considerado traição. “Para os swingers, a traição é o não falado, o escondido, a quebra de acordo sem que o outro saiba”, diz o médico. “No swing, estão os dois juntos, de comum acordo. Desta forma, os praticantes consideram-se honestos, muitas vezes, mais do que as pessoas que têm relações clássicas, mas traem os seus parceiros”, diz.
É preciso saber se vocês estão preparados. Depois de ingressar no mundo do swing, muitas pessoas podem começar a ter problemas, sentindo ciúme, insegurança e bate aquele medo de serem trocadas. Para o Mattedi, isso, provavelmente, acontece porque a pessoa já estava sentindo tudo isso antes de entrar na casa de swing.
Como qualquer pratica, o swing, deve ser uma opção, nunca uma obrigação ou imposição de um dos parceiros. Swing é somente uma, de tantas possibilidades, que o mundo tem para viver os prazeres do sexo.
Ficou com vontade?
Está tudo certo em casa? Conversaram bastante? Os dois estão na pegada e o prazer será muito gostoso para ambos? Então está na hora de buscar lugares específicos para fazer o swing.
No começo, os espaços são muito parecidos com uma casa noturna. Tem pista, DJ, bebidas e iluminação especial. Mas basta andar um pouco para ver “novos cenários”, com direito a cama gigante –para caber bem mais de um casal–, labirinto para se tocar à vontade e até mesmo um ônibus. Sim, um ônibus.
Vale tudo lá dentro? Não é bem assim. Casa de swing de qualidade tem regras, limites e jamais alguém vai te forçar a fazer o que não quiser.
Segundo o Marlon Mattedi, é comum encontrarmos muito mais admiradores do swing do que praticantes. Inclusive é bem comum em casas de swing encontrar casais que vão para assistir e nem sempre querem praticar. “Simplesmente, vão para assistir e isso já mexe com a fantasia do casal”, diz o terapeuta sexual.
Já os praticantes combinam sinais próprios, caso alguma coisa não esteja agradando. “Por exemplo: um sinal com a mão, uma palavra ou até mesmo uma frase são combinadas para interromper caso algo não esteja fazendo bem”, explica.
Uma viagem quente
Quem não quer se arriscar na cidade, dá para planejar uma viagem especial criada para os praticantes de trocas de casais. No Brasil, há várias pousadas voltadas para esse público. Há ainda resorts temáticos ao redor do mundo. Se quiser mais luxo e glamour, você pode optar por cruzeiros dedicados ao swing.
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