Consumo de maconha pela mãe influencia na amamentação do bebê, diz pesquisa
Embora não existam certezas sobre como a maconha pode interferir na gestação, uma pesquisa publicada na “Pediatrics” mostrou que o consumo da erva, por meio do fumo ou ingestão por comida, pode influenciar na amamentação.
A pesquisa encontrou níveis de THC (tetra-hidrocanabinol, substância psicoativa da maconha) em 63% das amostras de leite de mães que tinham consumido a erva de alguma forma. O estudo também descobriu que a substância aparecia até seis dias depois que estas mães haviam usado maconha.
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“Ainda é desconhecido que algum nível de maconha possa influenciar negativamente no desenvolvimento do bebê. O que foi encontrado nesses estudos serve como ponto de partida para a descoberta sobre como o componente funciona a longo prazo para essas crianças”, disse Christina Chambers à CNN.
Ainda assim, o principal ponto do estudo, feito com 50 mulheres que amamentavam e usavam maconha, era provar que os componentes da maconha interferem de alguma forma na amamentação -- seja de forma benéfica, seja pejorativa, algo para o qual ainda não há respostas.
“O THC é muito solúvel em gordura e, como o leite materno tem alto teor de gordura, esse resultado não é surpreendente”, concluiu Robyn Horsager-Boehrer, professora da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, reforçando a importância da pesquisa, que deve possibilitar desdobramentos futuros.
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