Isabella Santoni: "não entendia por que as pessoas são homossexuais"
Abrir mão de preconceitos foi um processo para Isabella Santoni.
Criada com uma educação religiosa, a atriz revelou em entrevista à revista "Glamour" de setembro que nem sempre aceitou ou abraçou a comunidade LGBT.
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"Quando comecei a estudar teatro tinha um pensamento muito ortodoxo, quadrado. Vinha de uma família tradicional, ia para a igreja católica todo domingo... Não entendia bem por que as pessoas eram homossexuais, recriminava quem bebia muito ou usava drogas", relembrou.
Sua mudança de posições, conta ela, acabaria mais tarde influenciando sua mãe.
"Freud fala que uma hora você ‘mata’ seus pais, né? Brinco com a minha mãe que, quando comecei a fazer teatro, eu os ‘matei’ e passei a ver o mundo pelos meus olhos [os pais de Bella nunca viveram juntos. Ela foi criada pela mãe, mas tem uma boa relação com o pai]. Minha mudança de postura refletiu também na minha mãe, que passou a se abrir e a me ouvir."
"Passei a alertá-la quando ela fazia comentários pequenos, daqueles que a gente não percebe. Tipo vermos um casal gay e ela falar: 'Coitada da mãe deles'. E eu: 'Coitada por quê? Tenho pena de quem não pode ser o que quiser'. Ela concorda e assim seguimos".
Sem rótulos
Namorando o surfista Caio Vaz há dez meses, Isabella também comentou sobre o início do relacionamento — que foi alvo de muita curiosidade na imprensa e a levou a fazer uma reflexão sobre a necessidade dos rótulos no amor.
"Quando comecei a ficar com Caio, nem eu sabia se estava namorando, [mas] as notícias já começaram a rolar. Aí, entra o aprender a lidar com a verdade. Quando um jornalista me perguntou sobre isso, respondi que também não sabia e que beijar uma pessoa não significa, necessariamente, estar namorando".
"Por que essa necessidade de rotular todos os relacionamentos? O que é namorar? É dar bom dia e boa noite? É ficar só com a mesma pessoa? A gente está feliz, e estar feliz é o que importa", acredita.
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