Dia do sexo: conheça o orgasmo por hipnose e outras atrações da Sexy Fair
Se a ideia é explorar novidades no dia do sexo, a Sexy Fair, que acontece no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio, até o próximo domingo, pode dar aquela apimentada na relação. Em busca de novas técnicas para o prazer? As palestras temáticas podem ajudar: massagem erótica, ginástica íntima funcional, prazer anal com sextoys, entre elas, além de curiosidades como a vaginoterapia, um pompoarismo com pedras preciosas.
"As mulheres que procuram essa técnica estão preocupadas com a sexualidade, claro, querem melhorar a vida íntima. Mas muitas procuram a cura para doenças femininas, como endometriose, mioma, infecções vaginais recorrentes. Várias doenças têm fundo emocional, e cada pedra tem uma energia e atua sobre um chacra diferente", conta a sexóloga e cristaloterapeuta Grazielle Vieira, que dá cursos online sobre a vaginoterapia há cerca de um ano.
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"O quartzo rosa é para atrair e manter amor. A jaspe vermelha é considerada afrodisíaca, e aumenta a libido. E a obsidiana preta faz uma limpeza profunda, é um tratamento", diz ela, que palestra no sábado, às 18h, e também vende algumas pedras próprias para a vaginoterapia a partir desta sexta na feira.
Gozar por hipnose
"Orgasmo hipnótico" também faz parte da programação: apresentada de forma lúdica no evento pelos hipnoterapeutas Esteiner Aiub e Jefferson Ramos, a técnica é usada por eles para tratar traumas que possam atrapalhar a vida sexual dos pacientes.
"Na clínica, é um tratamento muito procurado. E a taxa de sucesso é muito grande", conta Aiub, que se apresenta com Jefferson pela segunda vez no domingo (9), às 22h, num show de hipnose com participação da plateia.
Já os fãs de brinquedinhos e acessórios encontram nos stands lançamentos como plugs anais com pompons, masturbadores masculinos que aquecem e gemem, vibradores para casais que funcionam com bluetooth e próteses que imitam a pele humana.
"Estão em alta os vibradores por indução blindados, que podem ser usados na piscina ou no banho", afirma a escritora e especialista no mercado erótico Paula Aguiar, parceira na produção do evento.
Atrás de novidades
Frequentadora da Sexy Fair há três anos, a mercadóloga Jéssica Sampaio, 27, aproveitou a companhia de um grupo de amigas para ir atrás de novidades.
"É ótimo, porque os expositores têm paciência para explicar como cada coisa funciona. Descobri umas bolinhas cromadas, que eu não conhecia, e um vibrador com sucção que achei bem maneiro", afirma ela, referindo-se ao Satisfyer, um dos candidatos a melhor sextoy para mulheres, junto com o Fun Factory, o Lelo e o We-Vibe, no Prêmio Melhores do Mercado Erótico, cuja premiação acontece no dia de encerramento da feira.
Jéssica não está só: 30% dos visitantes do evento são mulheres solteiras com amigas, diz o organizador Osmar Gil. "60% do nosso público é de casais. Os homens solteiros são apenas 10%, e eu diria que a maioria deles é de gays. Homens hétero têm vergonha de comprar produto erótico, ainda tem um machismo muito grande no país", analisa.
Segundo a sexpert Tatiana Presser, que tem uma marca de produtos eróticos, a ideia é justamente ultrapassar o consumo de nicho.
"O que nós queremos é transcender o mercado erótico e ir para a 'normalidade'. Hoje já é comum ver as pessoas procurando determinados produtos pelo nome. Só 10% dos brasileiros têm acesso a esse mercado. Lá fora o público consumidor chega aos 65%", diz ela, que lança produtos como o jogo de tabuleiro "Vem Transar Comigo", com perguntas e tarefas para estimular a comunicação entre casais.
Novidades nos cosméticos
Segundo Paula Aguiar, o destaque este ano está no segmento de produtos cosméticos, que oferece grande diversidade de sabores e tem segmentação para consumidores adolescentes, maiores de 60 anos e até para evangélicos.
"Os de linha evangélica têm embalagens mais discretas e são pensados para serem usados a dois, por pessoas casadas", explica.
Uma novidade apresentada na feira é o clareador anal e vaginal, que já conta com bastante procura. Mas em evidência mesmo estão os géis. Se os 'vibrantes' (também chamados de segunda geração, porque aquecem e vibram, efeito do jambu na composição) já se destacam no mercado, a aposta dos comerciantes para se tornar o próximo carro-chefe das vendas é o ice (ou terceira geração), que também gela.
"O Brasil é o número 1 no mundo na criação de cosmética sensual. Lá fora não existe tanta variedade. Os da segunda geração já têm 15 sabores, como refrigerante de cola e guaraná, vodca com energético e doces em geral", diz Paula sobre os produtos, que são exportados para Estados Unidos, Europa e Ásia.
"O que pegou forte recentemente também foram os géis para beijo grego. Eles mudam o cheiro, têm a preocupação de não irritar o local e são antissépticos", conta.
No entanto, nem só de compras vivem os frequentadores da Sexy Fair: quem quer apenas se divertir encontra atrações como pênis mecânico (um touro mecânico temático), apresentações de strippers e tequileiros, Castelo do Fetiche e concurso de pole dance, além de números de stand up comedy e shows de funk que varam a madrugada.
Mas nada de pornografia, como gosta de frisar Osmar. "Tem gente que pensa que aqui é um encontro nacional da libertinagem, ainda existe essa visão deturpada da feira erótica. Mas não tem mulher pelada, homem pelado. Se tivesse sexo explícito, a pessoa não ia ficar à vontade. A feira é um lugar de entretenimento", afirma.
Diversão para mãe e filha
Prova de que as brincadeiras nos stands também podem ser um programa família? A vigilante Maria Simone Machado, 46, foi acompanhada da mãe, Izabel Alves, 85, que mostrava disposição nas filas.
"Estou adorando ter o que contar", comemorava ela, que se tornava o centro das atenções em cada parada na feira.
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