"Martelinho de ouro" da beleza promete reduzir celulite; veja como funciona

Descoberta acidental

As ondas de choque são bastante aceitas no meio médico, segundo o médico Jardis Volpe, especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

“As ondas conseguem atingir, de acordo com o aparelho, o tecido de gordura e com isso provocar uma alteração nos septos fibrosos da celulite (pequenas cordas fibrosas que separam porções de células gordurosas), melhorando o aspecto de casca de laranja.”

Ele ainda conta que a técnica usada para fins estéticos foi descoberta de forma bastante acidental: “Atletas australianas usavam as ondas de choque para tratar dores articulares e notaram melhora na celulite da pele. A partir daí se começou o estudo sobre ela."

"Funilaria" da beleza

Limitações

Sobre gordura localizada e flacidez, o dermatologista Abdo Salomão, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, não indica apenas ondas de choque: “É uma técnica primariamente indicada para a celulite, pois as ondas não são suficientes para destruir a gordura e estimular colágeno de forma efetiva.”

A dermatologista Valéria Marcondes ressalta que o procedimento sozinho só consegue trazer resultados completos em celulite de graus mais leves. Para grau elevado é necessário somar técnicas:

“A terapia por ondas de choque é normalmente acompanhada da radiofrequência ou bioestimuladores injetáveis. Como terapia única, pode ser usada na celulite grau 1. Nos demais casos deve haver associação de tratamentos, sendo que em grau 4 a celulite é tratada com subcisão, um procedimento cirúrgico”, argumenta a especialista, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.