Igor Rickli e Aline Wirley fazem 1º desfile com Antonio: "já é artista"
A cantora Aline Wirley, do Rouge, e o ator Igor Rickli, cruzaram a passarela do Fashion Weekend Kids neste sábado (29) com Antonio, o filho de 4 anos no casal no colo, fazendo sua estreia no mundo da moda.
Durante o evento, o casal falou à Universa sobre a superexposição do pequeno — Igor não acredita em 'olho gordo' — e sobre os desafios de criar um menino em uma sociedade machista, além dos planos de ampliar, em breve, a família. Confira:
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Como pais de um menino, quais são as preocupações que vocês têm para criá-lo em uma sociedade ainda machista?
Igor Rickli: A gente pensa muito nisso. Nosso filho gosta de pintar a unha porque ele vê a mãe pintando e ele quer pintar a unha. E a gente fala 'ok'. Não tem problema. Estamos passando por um processo de transição de sociedade. A gente está começando a aprender a lidar com o feminino da maneira correta, sem tirar nem por. Em casa, a gente manter tudo sempre leve, sem peso sem estereótipo. Nada que seja 'isso é de menino, isso é de menina'. Se [ele] gosta, se curtiu, está feliz desse jeito... Acho que isso faz muita diferença. Ele vai para escola e volta falando que isso é de menino ou de menina porque a sociedade é assim, mas nós procuramos nutrir da melhor forma possível.
Aline Wirley: Se existe algum momento para se ter esperança numa sociedade melhor, é agora, é como a gente educa os nossos filhos. A gente vê claramente que, como a humanidade está vivendo, estamos dando murro em ponta de faca. Então fazemos o melhor para que ele cresça um homem consciente, fazemos o tempo todo o exercício de igualdade. Não tem certo, não tem errado, tem respeito. Nosso foco é que ele seja um homem bom, respeitador, que se respeite, que se cuide e se ame porque, em contrapartida, vai respeitar, vai amar, vai aceitar, vai transmitir isso".
Este é o primeiro desfile do Antonio. Vocês o incentivam a seguir uma carreira artística?
Igor: Ele já é artista por natureza, a gente não tem que fazer nada. É muito engraçado, porque ele já acorda cantando. Ele gosta de instrumento musical e tem uma facilidade natural para a música que nos deixa abismados, como ele pega os tons, como brinca com essa musicalidade. Ele gosta de fazer cena, de me acompanhar quando o levo pra tevê, ele fica enlouquecido com aquele universo, de câmera, estúdio, teatro, backstage, ele é fruto disso. E, pelo jeito, ele gosta. Se ele quiser ser outra coisa, ele vai ser outra coisa, mas acho que ele tem tudo na mão para caminhar nesse ramo artístico e é muito legal ver a cabecinha dele já criando. É tão bonitinho ver uma criança se expressando com naturalidade a verdade dela. Ele canta "eu sou o amor, eu amo todo mundo, viva o amor". Se ele comunicar isso pro mundo, a gente vai ficar feliz porque é pra isso que a gente o cria.
Como vocês veem a exposição de crianças nas redes sociais? Isso em algum momento foi um problema para vocês?
Aline: O Antonio é naturalmente muito carismático e quando a gente expõe o Antonio, não é na intenção de expô-lo, mas de expor momentos que são preciosos e que a gente gostaria de compartilhar com as pessoas que curtem nosso trabalho. Algumas pessoas perguntam: 'por que é que não faz um canal?', mas a gente não tem nada disso ainda porque é tão espontâneo... Ele é o termômetro para a gente saber até onde a gente pode ir com esta exposição. A nossa intenção quando a gente mostra o Antonio é compartilhar amor. E é só isso. Acho que eu não me sinto e nem ele sente que a gente está expondo o nosso filho, né, amor?
Igor: Para mim, existe uma diferença grande de expor e explorar. A gente não explora nosso filho, de forma alguma, a gente compartilha a nossa realidade. Não somos estrelas, somos pé no chão, moramos no meio do mato, nossa casa está sempre cheia de gente e nosso filho convive com essas pessoas. Somos abertos, somos pessoas do mundo e criamos nosso filho para o mundo. E eu não vou, e nem a Aline, a gente não vai tolhê-lo, falar: 'ah, não vamos postar porque vai criar olho gordo'. A gente acredita que só entra quando você dá abertura, então a gente não nutre este medo e também não tem a intenção de explorar a criança. A gente simplesmente compartilha. E ele comunica tanto amor para as pessoas que ficamos felizes de poder de alguma forma contagiar as pessoas com a essência dele.
Sempre trabalhando, como vocês conciliam as tarefas com o filho e as de casa?
Igor: Nossa prioridade é dar a estrutura necessária e o máximo que a gente puder de qualidade e atenção pro Antonio. A Aline está sempre viajando agora com o retorno do Rouge, mas eu estou de férias, então acabou que coincidiu e posso dar mais atenção para ele. Tem a minha sogra, que sempre está lá com a gente auxiliando e a gente meio que reveza: eu tento marcar as coisas para quando ela está presente para aí sim eu fazer o que tenho que fazer, algum trabalho, alguma viagem, para ele ficar sempre com um dos dois perto.
Aline: Somos uma família como todas, porque temos que continuar trabalhando e temos um filho, então nos ajudamos. O foco é sempre nutrir ele emocionalmente, acima de tudo, então quando estamos juntos, tem qualidade de tempo. Como mãe, às vezes me sinto culpada de deixá-lo, mas quando eu olho pra ele, sinto que ele entende que estou bem, que estou feliz, que quando eu saio para trabalhar, volto plena. E ele entende, pergunta se pode vir, quando é que volta... Acho que conversar com ele [ajuda] e ele acaba entendendo".
Vocês pensam em aumentar a família?
Aline: Olha, se você me fizesse essa pergunta um tempo atrás, eu, com certeza, responderia que não, porque quando chega um filho, as coisas mudam muito. Você se pergunta: 'será que vou dar conta?'. Mas agora o Antonio acabou de fazer 4 [anos] e ele está em uma idade muito muito legal, então começa a passar pela nossa cabeça a vontade de aumentar a família. Mas como, neste momento, estou muito focada no trabalho, então se vier vai ser daqui a pouco, né amor?
Igor: Sim. Eu particularmente quero muito ter outro filho. Na verdade, outra filha. Quando a gente pensava [na gravidez] antes do Antonio, a gente já sabia que ia vir o Antonio, eu já pedia o Antonio. E a gente sempre fala da nossa menininha, a Luiza. Se vier um menino, também vai ser amado, mas a ideia é ter mais um para o Antonio crescer com um irmão e entender o que é essa troca, ter essa companhia. Também tudo bem se não tivermos porque não se mensura uma família feliz pela quantidade de pessoas. A ideia é ter no futuro, vamos ver.
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