Seus hábitos digitais atrapalham sua vida amorosa e sexual? Mude isso
Se a ligação com o par, tanto no contato no dia a dia quanto na cama, está cada vez mais lenta, talvez seja a hora de rever suas atitudes no universo digital e aprender a se desconectar para ter mais prazer. Veja hábitos para mudar
Hábito nocivo 1: dividir a atenção que deveria ser dada ao par com as redes sociais
Durante o café da manhã, à mesa do restaurante, antes de o filme começar no cinema, no carro quando estão voltando para casa... Se, seja qual for o tempo que têm para ficar juntos, você não para de conversar no WhatsApp ou checar o Instagram, é provável que, pouco a pouco, o vínculo e a cumplicidade fiquem abalados.
Se não tiver mesmo como não usar o celular --para responder uma mensagem urgente de trabalho, por exemplo-- imponha a si mesma um tempo mínimo hábil para isso (como 5 minutinhos) e tente esquecer o aparelho. Sexo bom não é construído só quando os dois estão entre quatro paredes, mas no dia a dia. Tente conversar mais com o par, trocar ideias, ouvirem juntos músicas que gostam, aproveitar qualquer semáforo fechado para se beijarem, coisas assim. E, no tempo livre, busque atividades que ajudem a desconectar, como praticar esportes ou passear no parque.
Hábito nocivo 2: deixar o celular ao lado da cama
Embora não seja uma função primordial, o aparelho também serve como despertador. No entanto, se a sua intenção é botar fogo na cama --no sentido figurativo, é claro--, deixe o celular longe da sua cabeceira ou, se possível, fora do quarto. Não adianta só silenciar as notificações para se concentrar no sexo: segundo um estudo da revista acadêmica Social Psychology (EUA), apenas o ato de ver o celular ali já é o bastante para distrair as pessoas do que elas estão fazendo, mesmo que o que elas estejam fazendo seja muito gostoso. Isso ocorre porque a imagem do aparelho desencadeia processos associativos em nosso cérebro que nos fazem lembrar das redes sociais ou dos e-mails de trabalho. Portanto, tire-o da vista se quiser ter uma noite intensa de prazer.
Hábito nocivo 3: não conseguir relaxar por causa do consumo exagerado de informações
Nosso cérebro tende a ficar sobrecarregado com o exagero de informações a que é submetido via internet, WhatsApp e demais redes sociais. Isso influencia na qualidade do seu sono, pode trazer sintomas de estresse e sensação de sobrecarga mental, sintomas que podem acarretar pontos de tensão em seu relacionamento, visto que seu cérebro não descansa como deveria. Outro ponto a considerar, também balizado cientificamente, é que 80% das pessoas vêm segurando a respiração ao enviar e-mails, principalmente quando digitam rápido. E respirar de maneira incorreta tem tudo a ver com dificuldade de descansar.
Assim, se você volta do trabalho totalmente pilhada, dificilmente vai conseguir entrar no clima com muita facilidade se não relaxar antes. Nesse caso, o melhor a fazer é buscar esse relaxamento a dois, assim vocês já vão descontraindo e iniciando as preliminares ao mesmo tempo. Como? Um banho juntos, em que um vai ensaboando o outro em vez de reclamar do chefe, é um bom ponto de partida. Tudo o que puder estimular os sentidos --como música sensual, óleos de massagem e velas aromáticas-- também ajuda.
Hábito nocivo 4: ficar pensando em outras coisas na hora H
Esse hábito é consequência do anterior. O excesso de informações acumulado ao longo do dia não termina quando chegamos em casa. Às vezes, a cabeça continua em ritmo intenso mesmo durante as preliminares. De acordo com um estudo conduzido pela Universidade de Harvard (EUA), hoje as pessoas ficam, em média, 47% do tempo distraídas da atividade em que estão fazendo --resultado das múltiplas telas e redes sociais com que lidamos no cotidiano. A dificuldade de concentração decorrente disso é mais frequente entre as mulheres, já condicionadas socialmente a dar conta de vários papéis. Quanto mais coisas fazemos, infelizmente, mais coisas acabamos levando para o quarto.
Acabamos transando de maneira superficial, sem a devida concentração. Uma boa dica para driblar esse excesso de informação na cabeça ao transar é substituí-lo por pensamentos mais excitantes --como fantasiais sexuais. Investir em atividades relaxantes que ajudam a focar no momento presente é outra alternativa. Encarar o sexo como uma prioridade na sua vida, em vez de algo que deve ser feito só quando sobrar tempo, é outra medida essencial.
FONTES:
Aurelio Melo, psicólogo, mestre e doutor em Desenvolvimento Humano pela USP (Universidade de São Paulo), e Shirlei Coden, coach de relacionamento e sexualidade da INTT Cosméticos
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