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8 mulheres famosas cujas decisões envolvendo sexo causaram escândalo

Heloísa Noronha

Colaboração com Universa

06/11/2018 04h00

Madonna: fetiches jogados na cara da sociedade

Madonna - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Desde que surgiu no cenário da música pop, no início dos anos 1980, a cantora tem usado o sexo como mote de suas canções e performances --e como forma de provocar o moralismo da sociedade. O ápice dessa postura aconteceu em 1992, com o lançamento do álbum "Erotica", no qual assumiu a persona da dominatrix Dita, e do livro "Sex", com fotografias de Steven Maisel. Tanto no disco como no álbum de fotos Madonna fala abertamente de fetiches e sadomasoquismo. Em entrevistas da época, a artista admitiu que tudo aquilo fazia parte de suas fantasias e que muitas já haviam sido colocadas em prática. Hoje, aos 60 anos, Madonna continua a desafiar os conservadores e volta e meia surge seminua para provar que sensualidade não é questão de idade.

Simone de Beauvoir (1908-1986): relacionamento aberto às claras

Simone - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Suas ideias a respeito da condição feminina, devidamente documentadas no livro "O Segundo Sexo" (1949), considerado a "bíblia" do feminismo, por si só já lhe renderam uma fama controversa. Sua vida pessoal, porém, foi ainda mais polêmica. Bem jovem, a escritora e filósofa francesa apaixonou-se pelo colega de profissão Jean Paul Sartre (1905-1980). Os dois foram companheiros durante 50 anos, mas nunca moraram juntos nem tiveram filhos --tampouco se casaram de modo formal. Ele bem que queria o matrimônio, mas Simone rejeitava a ideia formal de união de um casal. Em vez disso, os dois assinaram uma espécie de acordo que permitia a ambos terem amantes. Simone, aliás, era bissexual e namorou várias mulheres.

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Ellen DeGeneres: sem medo de se assumir lésbica

Ellen - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Em 1997, ao assumir sua homossexualidade, uma das mais conceituadas apresentadoras da TV americana sofreu muito preconceito por parte do público e dos colegas de trabalho --ela protagonizava a série "Ellen" na ocasião. Ela chegou a sofrer de depressão após sair do armário, mas, em entrevistas, diz jamais ter se arrependido. Apesar da decisão, na época, ter sido bastante criticada, Ellen reuniu forças para se sobressair ainda mais na carreira. Tem seu próprio talk show, "The Ellen  DeGeneres Show", já apresentou premiações do Oscar, do Emmy e do Grammy e volta e meia atua como dubladora.

Catherine Millet: sexo com desconhecidos e em público

Catherine - Joel Saget/AFP/Getty Images - Joel Saget/AFP/Getty Images
Imagem: Joel Saget/AFP/Getty Images

Fundadora e diretora da "Art Press", uma das mais influentes revistas de arte francesas, Catherine, hoje com 70 anos, tornou-se mundialmente conhecida em 2001 ao lançar o polêmico "A vida sexual de Catherine M." Na obra, a respeitada curadora e crítica de arte expôs sua movimentada vida sexual em detalhes explícitos. De relações com desconhecidos, surubas e transas em beiras de estradas e praças públicas, o repertório de Catherine causou furor. As páginas, que continham fotos íntimas, foram acusadas de serem invenção, fato que a autora nunca confirmou. O livro foi um dos marcos da liberdade feminina por provar que uma mulher pode ser uma referência profissional em sua área de atuação e, ao mesmo tempo, dona de seus desejos. As vendas registraram mais de 2,5 milhões de exemplares em 47 países.

Lola Benvenutti: garota de programa por vocação

Lola - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Com o lançamento de "O prazer é todo nosso" (Ed. Mosarte), em 2014, a paulista Lola ostentou na cara dos brasileiros o lado literalmente gostoso da prostituição de luxo. Sem dramas de consciência, problematizações sobre a escolha ou falsos moralismos, a moça de classe média sempre ressaltou que começou a investir em programas porque quis. E escancarou no livro (dedicado aos pais, aliás) as histórias que viveu dos 17 aos 22 anos, narrando desde as preferências de clientes até os segredos para homens e mulheres, independente da orientação sexual, descobrirem o prazer. Hoje com 26 anos, Lola trabalha como sex coach.

Beyoncé: sex symbol e virgem, por que não?

Beyoncé - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Empoderada e lacradora, a diva negra sempre exalou uma aura de "mulherão que faz e acontece na cama". Para surpresa geral, no entanto, em 2008 Beyoncé revelou em uma entrevista que só teve um único namorado antes de Jay-Z, com quem tinha acabado de começar a se relacionar. Com o ex, que namorou dos 13 aos 17 anos, ela confessou que não chegou a "fazer nada". Nem aí para a pouca experiência no sexo, Beyoncé nunca se sentiu diminuída por ter perdido a virgindade com o futuro marido e não deixou que o detalhe atrapalhasse seu sex appeal.

Frida Kahlo (1907-1954): bissexual e provocações sobre gêneros

Frida - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

A icônica pintora mexicana curtia se vestir com roupas masculinas desde a adolescência - há várias pinturas e fotos dela trajada com ternos. Seu pai, que sempre quis ter um filho e a adorava, não ligava. A provocação às regras sociais, principalmente as que inibiam o comportamento feminino, sempre a fascinaram. Bissexual, teve vários casos com mulheres que foram amantes de seu marido, Diego Rivera (1886-1957). Mesmo tendo vivido um casamento conturbado com o pintor, que a traiu inúmeras vezes, Frida optou por transformar o sofrimento em arte e em experiências.

Cleo Pires: faço, gosto e conto tudo

Cleo - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Das fotos exibicionistas no Instagram às declarações apimentadas em entrevistas, a Betina da novela global "O tempo não para" não está nem aí para quem acha que ela passa dos limites. Cleo abre o jogo pra valer: já admitiu que gosta de sexo anal, que fez ménage a trois com dois caras, que usa algemas para deixar o clima mais tórrido, que ama transar em lugares públicos e por aí vai. Faz parte do prazer da atriz e cantora conversar abertamente sobre esses assuntos, mesmo quando alguns ainda são tabus, e ela solta o verbo mesmo.