Mariah de Moraes desabafa sobre ser mãe solo: "incapacidade paterna"
Para Mariah de Moraes, ser mãe solo é estar constantemente sobrecarregada pela ausência do pai na vida do filho.
A atriz, que recentemente viveu a Irmã Camila de "Deus Salve o Rei", mas é conhecida pelo público desde os tempos em que viveu a Chiara de "Malhação" -- ainda como Mariah Rocha -- desabafou sobre os desafios de desempenhar este papel frente ao preconceito e, principalmente, a falta de divisão de tarefas em relação às responsabilidades com a criança.
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Mariah teve seu filho, João Pedro, de 9 anos, ainda aos 19 anos e desde então o cria sozinha. No sábado (24), ela fez uma reflexão em seu perfil no Instagram sobre os rótulos que já recebeu ao longo do crescimento do menino.
"Ninguém quer ser mãe solo. Não é motivo de orgulho para nenhuma mulher. Não as que eu conheço. Geralmente, envolve uma incapacidade paterna, que pode ser por muitas razões, e a mãe acaba sobrecarregada. Eu me lembro a primeira vez que meu filho me chamou de guerreira. Aquilo partiu um pouco meu coração e ao mesmo tempo me deu uma ponta de orgulho", relembrou.
"Sou chamada de guerreira todos os dias da minha vida... Menos pelos meus familiares. Penso que cuidar do meu filho é minha responsabilidade. Não devo ganhar uma estrela no meu nome por fazer algo que é minha obrigação e direito dele. Cuidar do meu filho com responsabilidade, amor e afeto é meu dever e direito dele. Bem simples assim", acredita.
Para ela, tanta responsabilidade concentrada em si mesma potencializa os aspectos negativos e positivos do entendimento das pessoas sobre seu papel de mãe. E reforça estereótipos e julgamentos sexistas.
"Tem uns 5 finais de semana que ele está competindo no futebol, tem 5 finais de semana que eu passo 24h por dia com ele. Fora todos os outros... Com ele também. Se estou longe, estou trabalhando. Todo mundo acha lindo. 'Olha como ela cuida dele, está sempre com ele'".
"Essas mesmas pessoas, se meu filho por exemplo sai com uma blusa furada porque eu não vi, vão julgar que sou desatenta e não cuido tão bem assim. Tudo isso porque sou mulher. Tudo isso porque vivemos nesse sistema massacrante do patriarcado."
Mariah ainda concluiu pedindo mais tolerância, compreensão e acolhida às mães solo.
Se meu filho tira notas altas na escola, meu Deus... Parabéns, Mariah. Se ele está mal-humorado e sem paciência, e isso resulta numa resposta 'desajustada', 'imprópria', é porque eu não dou educação. É essa montanha-russa. Guerreira ou coitada. Heroína ou vilã. Não sou nenhuma das duas. Sou uma mulher, uma mãe, latina, com pouca rede de apoio e exausta, numa grande parte do tempo."
"Mas nunca vou deixar de cuidar do meu filho como ele merece porque, como disse antes, não estou fazendo mais do que minha obrigação. Só estou cansada de ser reduzida a estereótipos quando a minha maternidade vai muito além do que os olhares limitados que recebo podem ver. Um dia ainda escrevo um livro... Mas por hoje é só. Risos. Deixem a gente em paz. Um dia após o outro, fazemos o melhor que podemos", concluiu.
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