Quem ama dá patada? Especialista comenta discussão de "A Fazenda"
Recentemente, em "A Fazenda", os participantes Rafael Ilha e Evandro Santo comentaram sobre o colega de confinamento João Zoli. Ambos concordaram que se trata de um "menino bom", mas que se deixa manipular facilmente. Como exemplo, citaram a relação dele com Gabi Prado, que foi eliminada do jogo. Ilha garantiu que a modelo usou o rapaz para prejudicar outros jogadores.
Já Evandro expos sua opinião sobre o romance: "Era um amor estranho, vivia dando patada", disse, fazendo referência a episódios em que a moça o tratou de maneira ríspida. O colega concordou, relembrando: "Era só coice". O diálogo entre eles levanta a dúvida: é possível amar alguém e tratar a pessoa de maneira grosseira ao mesmo tempo?
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Tendências naturais
De acordo com a psicóloga Luisa Bauke, cada pessoa tem características próprias, que configuram a personalidade. "Isso interfere na maneira como tratamos os demais e reagimos às situações", aponta. Por isso, há quem seja mais explosivo, há quem seja contido. "E quando duas pessoas se aproximam, o que acontece é uma mescla dessas histórias individuais", esclarece.
Todos podemos ser grosseiros
Ainda de acordo com a especialista, qualquer pessoa está sujeita a apresentar um comportamento ríspido em algum momento da vida. "Por causa de um dia ruim ou problema pontual, podemos descontar no companheiro a frustração pela qual estamos passando", diz. Muitas vezes, fazemos isso porque sabemos que aquela pessoa é mais próxima --e, graças ao vínculo afetivo, vai ter paciência e acabar relevando o momento ruim. "Não é tão perigoso quanto gritar com um chefe ou colega de trabalho", exemplifica.
Tratar mal também é poder
Quando o hábito é frequente, outras motivações que podem estar por trás das grosserias. "Fazer isso repetidas vezes é uma forma de se autovalorizar, sentir-se poderoso e no comando, como se fosse o dono das situações e, consequentemente, do parceiro", detalha. Nesses casos, a profissional alerta que o modelo de relacionamento pode ser abusivo, ainda que não esbarre na violência física, mas, sim, na psicológica. "Isso deixa o outro em posição de inferioridade e torna a convivência tensa e desrespeitosa", aponta.
A solução depende do nível
"Se as grosserias acontecem eventualmente, é mais fácil conversar, expor os sentimentos e deixar claro que não vai aceitar ser tratado daquela maneira", orienta a psicóloga. Em sua visão, o melhor é demonstrar a insatisfação logo no início, para evitar que os problemas se acumulem e culminem em desentendimentos mais sérios.
Em compensação, se os maus tratos são frequentes, a pessoa pode aceitá-los por um problema de autoestima --sem conseguir compreender que não merece ser tratada dessa maneira. "É possível que pense que não vai encontrar outro companheiro ou que se enxergue como culpada pelas reações exageradas do outro", alerta. Nesses casos, o primeiro passo é fortalecer a percepção sobre si mesmo para, em seguida, conseguir se desvencilhar do relacionamento.
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