Mulheres na Síria fundam comunidade feminista: "Não precisamos de homens"
Com a ascensão da participação feminina no país, um grupo de mulheres na Síria criou uma comunidade autossustentável e autodenominada feminista, que tem como intuito criar uma política interna livre do patriarcado e do capitalismo em seu desenvolvimento.
Criada no dia 25 de novembro, a aldeia, localizada no norte da Síria, região autônoma desde 2012 com a vinda da guerra civil local, foi nomeada como Jinwar, que significa “espaço feminino” ou “terra das mulheres” em curdo.
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Segundo informações da “ANF News”, a maioria das mulheres que habitam esse vilarejo são vítimas de violência doméstica, incluindo estupros e torturas, fossem elas físicas ou psicológicas. Atualmente, o local conta com 30 casas, uma escola, um museu e um centro hospitalar.
“Eu vim para cá porque tenho cinco filhos e não tinha uma renda para me sustentar ou uma casa para morar. Aqui eles fornecem muitos benefícios, como educação para as crianças, por exemplo. É uma vila agradável e o mais importante: nossos filhos gostam daqui”, conta Amira Muhammad ao “Independent”, que se mudou para lá depois do marido ser morto em guerra.
“Fazemos nossa própria agricultura, plantamos nossas árvores. Toda mulher cultura seu próprio lote para os seus filhos. Vendemos a colheita e usamos esse dinheiro para nos sustentar aqui dentro”, completa.
Outra moradora, Zainab Gavary, de 28 anos, reforça a importância do local só ser habitado por mulheres – com exceção das crianças: “Se não existirem homens, as mulheres vão trabalhar e prover seus próprios frutos. Nossas vidas são boas. Não precisamos de homem, eles são opressivos.”
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