5 vezes que Angela Merkel mostrou por que é a mulher mais poderosa do mundo
A revista americana “Forbes” divulgou, na terça-feira (4), a lista das 100 mulheres mais poderosas de 2018. Pela oitava vez consecutiva, aparece em primeiro lugar a chanceler alemã Angela Merkel, de 64 anos.
A saber, o nome da chanceler se pronuncia “Ânguela”; na Alemanha, chanceler é o chefe de governo e exerce plenos poderes executivos --o presidente tem um papel menos expressivo do que em países como Brasil, e seus poderes são em grande parte cerimonial; e, antes de entrar para a política, Merkel tinha uma carreira na área científica: é formada em física e doutorada em química quântica. No posto desde 2005, ela já afirmou que não tentará nova reeleição, quando seu mandato chegar ao fim, em 2021.
Veja também:
- Angela Merkel: "Há muito a se fazer pela igualdade de gêneros"
- Advogada brasileira é uma das pessoas negras mais influentes do mundo
- Perto de ser bilionária mais jovem, Kylie Jenner é capa da revista "Forbes"
Veja, abaixo, fatos sobre a alemã que fazem jus ao título dado pela “Forbes”.
1. Foi eleita chanceler 4 vezes e virou a “mãezinha”
Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de chanceler na Alemanha, em 2005, sendo reeleita outras três vezes. Formada em física, se filiou ao Partido União Democrata Cristã em 1990 e trilhou o caminho ascendente na política. No mesmo ano, foi eleita para ocupar uma cadeira do Parlamento alemão e, em 1991, escolhida Ministra da Mulher e da Juventude. Ganhou o apelido de "mutte", algo como mãezinha, em alemão.
2. É casada há 20 anos -- e o "primeiro-damo" se recolhe à sua insignificância política
Merkel se casou em 1998 com o professor de química Joachim Sauer, um primeiro-cavalheiro que sabe que é a mulher que é importante. Ele não dá entrevistas e foge de fotos. Até quando Merkel assumiu como chanceler pela primeira vez, Sauer (que em alemão significa “azedo”) teria ficado em casa e assistido à cerimônia pela televisão. Na Cúpula do G20, realizada em Buenos Aires dias atrás, ele era o único cônjuge homem a acompanhar um dos líderes.
Esse não foi o primeiro casamento de Merkel. Em 1977, ela se casou com Ulrich Merkel e se separou 15 anos depois e manteve o sobrenome, com o qual é conhecida até hoje. De nenhuma das uniões teve filhos.
3. É a líder europeia que mais abriu fronteiras para os refugiados
A chanceler decidiu abrir as fronteiras alemãs para refugiados e recebeu mais de um milhão de estrangeiros só em 2015, quando flexibilizou as leis de imigração. Foi o país que mais recebeu refugiados no continente europeu. Apesar de a medida ser bem vista por grande parte da comunidade internacional -- Angela foi até homenageada pela ONU --, entre os alemães, a rejeição à sua política de imigração explodiu, assim como as crises entre políticos de dentro do próprio governo. Entre eles, o ministro do interior, Horst Seehofer, que pediu exoneração, mas reconsiderou após Merkel decidir que refugiados que cheguem a Alemanha sejam levados para abrigos na fronteira.
4. Articulou a manutenção da União Europeia com a saída do Reino Unido
A União Europeia passou por uma crise durante a criação Brexit, em 2016, quando o Reino Unido decidiu se separar do bloco. Merkel formou uma articulação com o presidente francês, Emmanuel Macron, e garantiu a manutenção do bloco, que hoje conta com 27 países.
5. Liderou a Europa nas decisões sobre a crise do euro
Merkel tomou importantes decisões que a colocaram no papel de líder da União Europeia. Enquanto alguns países, como a Grécia, afundavam em uma crise econômica, a alemã prestou ajuda financeira a nações em troca de medidas de austeridade para conter a turbulência. Em seu próprio país, conseguiu manter a economia estável, atingindo um índice de aprovação de 77% em 2012.
Em tempo: Angela adora cozinhar. É especialista em torta de ameixas e rolo de carne. “Não sinto que sou chanceler quando estou mexendo uma panela”, disse para uma plateia feminina em Berlim, em 2013.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.