10 pessoas geniais que saíram em defesa dos LGBTs
Contra preconceitos e perseguições a LGBT apenas pelo fato de serem quem são, importantes teóricos da humanidade demonstraram seu apoio. Veja a seguir suas declarações, posições e até contribuições sobre o assunto em diversas áreas do conhecimento, das artes à medicina:
Sigmund Freud
Médico neurologista e criador da psicanálise, Freud não via a homossexualidade como doença. Em 1935, em resposta a uma mãe que lhe pediu ajuda com seu filho gay, escreveu uma carta dizendo: ?Não há motivos para se envergonhar; isso não pode ser classificado como uma doença. É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como se fosse um crime --e uma crueldade também?.
Havelock Ellis
Médico, psicólogo e estudioso da sexualidade humana, Ellis também foi precursor em publicar o primeiro livro médico, em inglês, sobre a homossexualidade, 1897. Porém, em oposição à maioria dos autores de seu tempo, não tratava o assunto LGBT como doença, imoralidade ou crime; apresentava o amor homossexual como transcendental à idade e ao sexo e foi um dos primeiros a estudar o conceito de transgênero.
Françoise Barré-Sinoussi
Prêmio Nobel de Medicina e uma das responsáveis pela descoberta do HIV, Françoise condenou, em 2014, os países que discriminam e perseguem LGBT. Durante a Conferência Internacional sobre a Aids, nos Estados Unidos, afirmou que leis contra homossexuais ajudam na propagação do HIV, uma vez que doentes desse grupo temem pedir ajuda, e afirmou: ?Não ficaremos de braços cruzados enquanto governos, em violação de todos os princípios dos direitos humanos, aplicam leis monstruosas, que apenas marginalizam as pessoas mais vulneráveis da sociedade?.
Stephen Hawking
Cientista e físico considerado um gênio moderno, Hawking, além de estudioso do universo era defensor LGBT. Em 2012, ele dirigiu uma carta às autoridades do Reino Unido pedindo uma retratação pelo que fizeram com o matemático Alan Turing, em 1952. Na época, Turing, considerado pai da computação, foi condenado e torturado por ser homossexual. Na carta, Hawking lembrou que Turing foi um dos matemáticos mais brilhantes da era moderna. Herói britânico, a quem devemos tanto uma nação, e cuja contribuição pioneira para ciências da computação continua relevante até hoje?. Após um ano do pedido, a Rainha Elizabeth 2ª reconheceu a injustiça publicamente.
Platão
Na Antiguidade, período em que este importante filósofo grego viveu, o conceito de homossexualidade não existia, embora relações entre homens fossem comuns. Platão, em suas obras, como "O Banquete", legitimou a questão: ?Se houvesse maneira de conseguir que um Estado ou um exército fosse constituído apenas por amantes e seus amados, estes seriam os melhores governantes da sua cidade, abstendo-se de toda e qualquer desonra?. Também disse que a homossexualidade apenas era "vergonhosa para os bárbaros, por causa de seus governos despóticos?.
Margaret Mead
Considerada uma das antropólogas mais respeitadas da história, Mead escreveu mais de 30 livros, os quais serviram para aprofundar estudos sobre minorias sexuais, incluindo o desenvolvimento da teoria "queer" e influenciaram a revolução sexual dos anos 60, responsável por desafiar as relações heterossexuais e monogâmicas tradicionais. É dela a notável frase que diz: ?Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos possa mudar o mundo?.
Magnus Hirschfeld
Considerado o ?Einstein do sexo?, o alemão Hirschfeld foi um renomado médico, sexólogo, pioneiro na defesa dos direitos homossexuais e transexuais e inventor do primeiro instituto de ciência e pesquisa sexual do mundo, em 1919. Foi também responsável por aquela que ficou conhecida como a mais notável cirurgia genital de redesignação de gênero, a de Lili Elbe, retratada como a protagonista do filme "A Garota Dinamarquesa", de 2015.
Albert Einstein
Gênio e físico teórico alemão conhecido por sua teoria da relatividade geral, Einstein nutria o seguinte pensamento: ?Grandes espíritos sempre encontraram violenta oposição de mentes medíocres?. Não foi à toa que assinou com outros milhares de intelectuais uma petição do já citado Magnus Hirschfeld contra o parágrafo 175 do código penal alemão, que perseguia e condenava a homossexualidade. A petição durou mais de trinta anos graças aos esforços do Comitê Científico e Humanitário, que promovia a legalização e o reconhecimento social de homossexuais e transgêneros.
Jane Ellen Harrison
Uma das primeiras mulheres acadêmicas do planeta, Harrison falava 16 línguas e no final do século 19 se consagrou como uma das criadoras dos modernos estudos sobre a Grécia Antiga. Suas investigações linguísticas, artísticas e arqueológicas não só influenciaram obras de grandes intelectuais, como Friedrich Nietzsche, Virginia Woolf e Emile Durkheim, como serviram para reinterpretar conceitos, práticas e escrituras, jogando um novo olhar sobre a homossexualidade e o papel da mulher na sociedade.
Robert Spitzer
Reconhecido como o psiquiatra mais influente de sua época, Spitzer foi também o editor e ?pai? da última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês), a ?bíblia? da psiquiatria mundial. Um de seus maiores feitos foi desclassificar a homossexualidade como doença, alegando que "um transtorno médico deve estar associado a uma angústia subjetiva, sofrimento ou incapacidade da função social".
Fontes: Sites wellcomecollection.org, britannica.com/Scientific-Humanitarian-Committee, "The Guardian", "The Washington Post", "Daily Mail", "The Daily Telegraph"; livros "Inversão Sexual", de Havelock Ellis, "O Banquete", de Platão, "Cherish the Life of the World", de Margaret Mead, "Sex and Temperament in Three Primitive Societies", de Margaret Mead; filme "A Garota Dinamarquesa", de Tom Hooper.
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