Marido quer transar 4 vezes por dia: "Só faço sexo para ele gozar logo"
Casada há sete meses, a maranhense Camila*, de 34 anos, achava normal o marido querer sexo mais de três vezes ao dia no início do relacionamento, até se ver transando sem vontade para satisfazê-lo. No casamento anterior, a pressão era tanta para ter relações que ela quase perdeu o filho que esperava e precisou ficar internada após o pai da criança forçar a barra.
Ela conta sua história à Universa.
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"Estou casada há sete meses e meu marido só pensa em sexo. O ex também era assim. No começo, esse atual não me deixava em paz. Podia estar cozinhando ou lavando roupa, ser manhã, tarde ou noite, mas ele vinha transar comigo. No início, considerei isso como uma lua de mel.
Gosto de sexo. Sou mulher, mas comecei a inventar qualquer coisa para não transarmos. Dou graças a Deus, por exemplo, quando fico menstruada. Nesse período, ele respeita. Caso contrário, durmo em outro quarto.
Já aconteceu de me deitar com medo, porque não gosto de ser acordada, então ia dormir primeiro que ele. Mas até de madrugada, se eu levanto para ir ao banheiro, ele vai atrás. Não gosto de sexo de madrugada. A gente tem a noite para dormir.
Ele também não pode me ver tomando banho. Passei a trancar a porta do banheiro para que não entrasse. Brigamos muito sério, porque quero ter uma vida de casal normal, relaxar de vez em quando. Às vezes, faço sexo sem vontade para ele gozar logo. Nem todos os momentos são de prazer. É só para satisfazer ele mesmo. Às vezes, me sinto como um objeto sexual. Toda hora, ele pede que eu mande fotos nuas para ele se masturbar.
Quase sofri um aborto
Antes dele, fui casada com o pai do meu filho por cinco anos, e também não aguentei. Era muita pressão por sexo. E me agredia também, me humilhava, reclamava para a mãe dele que eu não queria sexo. Ficou insuportável. Às vezes, ele chegava de surpresa em casa, durante o almoço, para transar. Cheguei a mandar meu ex procurar uma profissional do sexo para se aliviar. E colocava nosso filho para dormir comigo na cama, enquanto ele ia para a rede.
Ainda perdi a minha privacidade. Ele chegou a entrar num curso de depilação para fazer em mim. Era sufocante, não me sentia bem. Nem a minha gravidez foi respeitada. Quase sofri um aborto. Tive uma gestação de risco, com sangramentos, e tomava remédios para segurar o bebê. A ginecologista recomendava não ter relações, mas ele queria sempre. Duas semanas antes de ter nosso filho, ele forçou demais, queria várias posições. Tive sangramento e fiquei internada uma semana. Passei muito mal. Saí do hospital separada dele. Foi o cúmulo.
Não quero repetir essa experiência, e aos poucos, estou colocando os limites em casa com meu marido atual. Somos apaixonados um pelo outro, e sinto que hoje ele já respeita mais minhas decisões. Estabeleci transar uma vez por dia, mas às vezes nem fazemos nada. Antigamente, eram até quatro vezes. Também estamos buscando terapeuta."
* O nome foi trocado a pedido da entrevistada.
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