Caso Carrefour: 9 dicas para diminuir o sofrimento de animais
Você se emocionou com a história da cadelinha assassinada no Carrefour de Osasco? O pior é pensar que não se trata, infelizmente, de um caso isolado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam mais de 30 milhões de cães e gatos abandonados no Brasil.
E a situação piora nesta época do ano, porque tem gente que sai de férias e não leva o animal ? nem combina com alguém para cuidar dele. Sem saber caçar ou se proteger na rua, eles viram alvo fácil de violência. Só em 2017, a Polícia Militar registrou 22 mil denúncias de maus-tratos no Estado de São Paulo. Fora todos os outros casos que não são denunciados.
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A solução proposta pela rede de supermercados, via comunicado após a manifestação do último sábado (8), é criar um "pet day", e reverter o lucro para apoiar organizações da causa. Segundo a jornalista e ativista Beatriz Levischi, criadora do projeto Gatoca, que visa educar, conscientizar a mobilizar pela causa animal, a solução para resolver a questão vai além. "É preciso um trabalho articulado entre poder público e ONGs com o objetivo de educar a população, promover castrações em massa e encontrar famílias para os bichos que já foram abandonados".
Enquanto isso, Beatriz defende que cada pessoa pode ajudar a transformar essa realidade enxergando e tratando os animais como iguais. "São seres que também sentem dor, alegria, tristeza. E que merecem a mesma liberdade de existir sem ser útil para ninguém", justifica.
Quem se sentiu perplexo diante da violência com a cachorrinha do Carrefour pode aproveitar essa lista proposta por Beatriz: são nove atitudes que minimizam o sofrimento de cachorros e gatos (e porcos, vacas, galinhas) para abraçar no seu dia a dia.
1) Adote em vez de comprar
"Amigo não tem preço, criadores exploram as matrizes e produzem ninhadas frequentemente doentes, e não faltam candidatos precisando de um lar. Dá para adotar, inclusive, animal de raça, descartado quando frustra expectativas. Se você já comprou, não se sinta mal. Ajude a conscientizar os outros, ame esse serzinho até o último suspiro, porque todos merecem, e adote o próximo", ela diz.
2) Não ignore o abandono
Ficou claro que não é para jogar bicho na rua, certo? Mas é menos óbvio que a gente não deve deixar de fazer algo só porque pode fazer pouco. Um prato de comida muda o dia de quem sente fome.
3) Aja coletivamente
Para salvar uma vida, quatro requisitos básicos: dinheiro para ração e veterinário, um cantinho temporário (se for gato, serve até banheiro), texto para divulgação nas mídias sociais e fotos sensibilizadoras. "Cada um pode colaborar com o que faz de melhor, assim ninguém fica sobrecarregado.
4) Apoie o trabalho de ONGs
Articulação não é seu forte? Falta tempo? A família fica reclamando? Doe grana para quem bota a mão na massa. Organizações não governamentais raramente recebem incentivos do governo. E desempenham funções que deveriam ser dele.
5) Pressione os políticos eleitos
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) foi criado para proteger o ser humano de doenças transmissíveis pelos animais e, mesmo com o atual acúmulo de papéis, faltam políticas públicas efetivas de castração em massa, adoção e educação da população.
6) Denuncie maus-tratos
Estudos do FBI mostraram que 80% dos psicopatas começam seus crimes abusando de animais. A denúncia é anônima e, em São Paulo, pode ser feita pela internet.
7) Considere o veganismo
Toda criação para atender demandas estratosféricas é cruel, incluindo a de leite e ovos. Mas você pode começar fazendo a Segunda sem Carne, campanha idealizada pelo ex-Beatle Paul McCartney em 2009. Pensa: um dia da semana reservado para descobrir novos sabores.
8) Valorize empresas pró-bicho
Compre produtos não testados em animais. Boa parte deles você encontra ao lado dos tradicionais, no mercado comum mesmo. E eles geralmente custam mais barato. O único inconveniente é o trabalho de pesquisar as marcas, mas a internet facilita.
9) Dê exemplo de compaixão
Ensine as crianças a respeitar os animais, arrisquem um trabalho voluntário juntos, escolha uma ONG para presentear com sua ajuda no Natal.
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