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Marquezine levou livro feminista para as areias de Noronha; conheça a obra

Bruna Marquezine - Reprodução/Instagram
Bruna Marquezine Imagem: Reprodução/Instagram

da Universa, em São Paulo

03/01/2019 13h15

Bruna Marquezine está curtindo o sol de Fernando de Noronha e aproveitando para colocar a leitura em dia à beira-mar com uma obra feminista.

A atriz levou para o arquipélago "O Que o Sol Faz com as Flores", livro da escritora e poeta indiana (e naturalizada canadense) Rupi Kaur -- que está entre os dez autores mais vendidos do Brasil em 2018, segundo a lista da revista "Veja". Mas, afinal, do que se trata -- e qual é a graça -- da escolha de Bruna?

Lançado em fevereiro de 2018, este é o segundo título da autora lançado no Brasil; o primeiro é "Outros Jeitos de Usar a Boca", ambos publicados no país pela editora Planeta. Mas Rupi ficou famosa mesmo foi na internet: seus poemas curtos começaram a fazer sucesso em 2014 no Instagram, tratando de temas como identidade feminina, opressão de gênero, sexualidade e machismo.

A atriz, que está lendo a edição inglesa do livro, destacou um trecho favorito em seu perfil na rede nesta quarta (2). "Eu notei tudo o que não tenho e decidi que é lindo", aqui em tradução livre do idioma original publicado por ela.

"'Outros Jeitos de Usar a Boca' foi como um grito de tantas mulheres que estava sufocado e Rupi conseguiu botar para fora de uma forma acessível e identificável", analisou Luiza Lewkowicz, editora do livro, à Universa em março de 2018.

"O que o Sol Faz com as Flores" é dividido em cinco partes: 'murchar', 'cair', 'enraizar', 'crescer' e 'florescer', que representam o ciclo de vida de uma flor. Além dos temas tradicionais de Rupi, o texto também discute a infância e a família -- em especial, a relação com a mãe.

"Estamos discutindo construções de processos identitários, questões de gênero e raciais e direitos humanos, ainda que em meio a governos totalitários. Esse movimento [de escritoras feministas] pode e deve ser uma forma de revolução", disse ainda Luiza à Universa.

A obra ainda se alinha com as reflexões que Bruna tem trazido a público. Em dezembro, ela afirmou à "L'Officiel Brasil" que encontrou no feminismo a força e a capacidade de reflexão necessárias para fazer transformações em sua vida. Para ela, a convivência e o apoio de outras mulheres são fontes importantes de aprendizado.

"Acho importante debater. E tem uma coisa que busco fazer -- e acho importante também -- que é elogiar outra mulher, falar sobre as características que me inspiram em outras mulheres, enaltecer o que há de positivo nelas. Acho que isso também faz a gente criar forças", disse.

Bruna ainda reforçou que não tem pudores de se posicionar publicamente como feminista.

"Não tenho medo. Acho um assunto fundamental e vejo que a força só cresce. Cada vez mais as pessoas vão se informando e repensando. Só vamos empoderar mulheres e mudar as estatísticas tristes, como as taxas de feminicídio e a enorme desigualdade salarial entre homens e mulheres, dialogando muito", concluiu.