'Pênis era maior do que previa': quando o tão sonhado ménage termina mal
Na lista dos fetiches, o sexo a três aparece sempre em destaque. Quem consegue realizar o tão sonhado ménage à trois costuma se sentir a pessoa mais sortuda do mundo. A prática tende a ser coberta por expectativas infinitivas e insuperáveis. Mas será que toda experiência a três vai resultar num sexo incrível?
Ouvimos quem tem bastante experiência no tema para descobrir. Raquel*, 37 anos, vive um casamento aberto com o marido Leonardo*. Há tempos o sexo a três tem sido uma brincadeira para eles. Verdade que, na maioria das vezes em que uma terceira pessoa entrou na balada, o resultado foi bem bom. Mas algumas das situações vividas por ela mostram que nem tudo se revela aquela maravilha, como ela conta, abaixo.
Expectativas
"Estamos casados há 11 anos, vivemos uma relação bem intensa, e gostamos de apimentar a relação de diferentes formas. Nosso sexo é ótimo, mas não acreditamos que a vontade de transar com uma só pessoa o resto da vida seja real. Então, nos permitimos viver diferentes experiências e o ménage à trois é algo de que gostamos bastante.
Já experimentamos tanto o masculino como o feminino. Na maioria das vezes, foi tudo ótimo, tudo lindo, tudo muito gostoso. Temos lembranças muito boas, que servem de tempero para nossas noites, quando recordamos as experiências. Mas é preciso admitir: nem todo ménage é bom, por mais que a gente crie um monte de expectativas.
Tudo fake
Uma experiência bem lamentável foi durante uma festa, dessas que os convidados sabem que o objetivo da baladinha íntima é sexo mesmo. Fui ao banheiro e encontrei o dono do apartamento no corredor, que me chamou para o quarto dele. Disse que só iria com meu esposo —apesar de isso ser algo liberado na nossa relação, não era o que eu queria naquele momento.
Chamei o Leo e fomos até o quarto. Não sei se ter convidado meu marido fez que ele perdesse o tesão ou se a expectativa era outra, mas percebi que notei que estava um clima forçado e, admito, não me empenhei em melhorar a situação.
Meu marido estava próximo, sentado na cadeira, olhando a performance. Eu queria que terminasse logo, comecei a fingir que estava gozando e o cara aproveitou e entrou na jogada, emitindo gemidos falsos.
Ele pode achar que eu não vi a camisinha vazia que ele tirou, mas, para mim, estava claro que não tinha sido legal para ninguém.
Acabou o pique, sobrou climão
Em outra ocasião, sábado, meio de feriado, combinamos de sair com um rapaz de fora de São Paulo. O papo foi bom no bar, seguimos para o motel e, pelo horário, não conseguimos encontrar quartos vagos em nenhum lugar. Decidimos seguir para nosso apartamento.
O sexo foi legal, ele era safado e eu realmente curti. Ficamos nessa brincadeira por umas duas horas e meia, mais ou menos, só que aí o pique acabou, eu não tinha mais ânimo para nada depois de ter transado com os dois e só queria dormir.
Mas quem disse que o fulano ia embora? Parecia que estava numa mesa de bar e queria conversar sem parar —ele não demonstrava querer mais sexo também. Fui ficando cada vez mais quieta e meu marido, percebendo a situação, começou a dar respostas curtas, até que ficou um clima desconfortável. Faltou pouco para pedirmos que fosse embora, até que decidiu, enfim, sair.
Um grande problema
Nunca vou esquecer quando saímos com um solteiro de pênis avantajado. Eu já sabia o que me esperava, ou imaginava saber. Encontramos o cara em uma rede social voltada para sexo e a "fama" dele era de ser dono de um membro grande.
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Quero receberNo motel, o que parecia interessante se mostrou preocupante. O pênis era maior do que minha imaginação previa. Estava acostumada com tamanhos medianos, mas o dele era desproporcional. Apesar do susto inicial, achei que não seria problema, até começarmos a sessão de sexo.
Enquanto meu marido nos olhava do canto da cama, optamos por uma posição em que eu ficava por cima. Foi sugestão do convidado da noite, pois poderia controlar o ritmo. Até aí, tranquilo.
Eu me movimentava seguindo meus limites e estava curtindo. Mas resolvi mudar e ficar de quatro, uma das minhas posições preferidas. A partir de então, a coisa desandou. Em questão de minutos, comecei a sentir uma dor muito, muito forte. Bem pior que qualquer cólica que eu já havia tido na vida. É claro que o sexo acabou ali.
Fui tomar uma ducha quente, tentando relaxar. Depois, fiquei deitada um tempo, enquanto o rapaz só pedia mil desculpas. Nessa hora, confessou que não era a primeira vez que se envolvia nesse tipo de situação. Eu e meu marido fomos para casa e passei o fim de semana deitada, tomando remédios, para ver se a dor passava.
Procurei até a ginecologista naquela semana, para ver se tinha acontecido algo sério. Por sorte, foi só falta de prática mesmo. Por via das dúvidas, preferi recusar novos encontros com aquele homem.
É claro que essas experiências negativas não foram suficientes para a gente riscar o ménage da nossa lista de maneiras de esquentar a relação. Mas serviram para baixar as expectativas e, nas próximas vezes, escolher melhor os parceiros e as situações".
* Nomes alterados a pedido da entrevistada.
*Relato publicado originalmente em 2019
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