Loja se desculpa por acusação contra Damares: "Superado", diz ministra
A marca Cantão reconheceu, em carta, nessa quinta (10), que não houve agressão contra o vendedor Thiego Amorim, 34. A acusação foi feita pelo funcionário contra a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves, quando ela esteve numa loja da rede, num shopping em Brasília na semana passada. Thiego entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Damares, alegando que houve constrangimento, vias de fato e ameaça em uma confusão entre os dois, na segunda (7). Um pedido de desculpas da marca foi enviado à Damares. Em nota, a ministra considera o episódio como superado.
"Nosso maior interesse é que tudo se esclareça. De nossa parte, com a verdade dos fatos agora manifestada, damos o episódio como superado", informou Damares.
Em entrevista à Universa, a dona da loja, Carolina Puga explicou que conversou com todos os seus funcionários, incluindo Thiego, e viu o vídeo do circuito interno de segurança do estabelecimento "diversas vezes". Ela afirma, no entanto, não poder divulgar as imagens por envolver outras pessoas.
"Ninguém aqui é perito, mas não entendemos que houve nenhuma agressão. Ela pega no ombro dele como pega para falar alguma coisa. E, por fim, escorrega as mãos nas costas dele e sai. É nossa obrigação dizer isso", afirma a empresária.
Carolina diz ainda que esteve pessoalmente com a ministra. Foi a própria Damares quem solicitou que Carolina não desligasse o vendedor de seu quadro de funcionários.
"Ela não gostaria que o Thiego fosse demitido. Em raríssimos casos acontece uma demissão imediata. Primeiro, a gente apura, adverte, reitera nossos princípios e não sai demitindo ninguém assim. Conversamos internamente e fizemos o que a marca acredita que seja o melhor. No tempo certo, será feito alguma outra coisa, se entendermos necessário", pondera Carolina.
Thiego afirma que a marca não fala por ele e considera a nota ofensiva e mentirosa. "Quero deixar bem claro que a marca se recusa a dar o vídeo", acusa ele. O vendedor acrescenta ainda que não conversou com Carolina sobre o ocorrido.
O advogado do vendedor, Suenilson Sá, afirmou estar clara a intimidação a partir do momento em que há o toque no pescoço.
"Não nos sentimos desestimulados nem decepcionados com a posição da loja. Ela tem direito de fazer o julgamento que achar necessário. Quem vai determinar se houve ilícito é a Justiça".
Diz a nota:
"Gostaríamos de pedir desculpas pelo atendimento inadequado de um de nossos funcionários da loja localizada no Brasília Shopping no último dia 02.01.2019, reconhecemos que não houve por parte de V.Sa. qualquer tipo de agressão no interior da loja. Reforçamos aqui nossa constante preocupação em oferecer um atendimento respeitosos que preza pela gentileza, simpatia e educação com todos os nossos clientes. Esclarecemos ainda que o ocorrido está sendo usado como uma oportunidade para reiterar, ainda mais, nossos valores com todos os funcionários e garantir que situações como essa não voltem a acontecer."
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