9 atitudes de chefes que fazem bons funcionários pedirem demissão
Para quem é chefe, sempre é um baque perder um bom funcionário, que sabe trabalhar em equipe e dá bons resultados. Mas, algumas vezes, o que alguns chefes não pensam é que estes ex-empregados não estão abandonando seus empregos, mas, sim, uma gestão que não os ajuda a crescer.
Esta é a teoria de Travis Bradberry, autor do livro "Inteligência Emocional 2.0 - Você Sabe Usar a Sua?" e cofundador da TalentSmart, empresa norte-americana de coach, treinamento de funcionários e provedora de testes sobre inteligência emocional. Em sua conta no LinkedIn, ele elencou nove atitudes que chefes reproduzem e que fazem bons funcionários pedirem demissão. A boa notícia, segundo Bradberry, é que todas elas podem ser corrigidas facilmente. Veja a lista abaixo:
1. Fazer seus funcionários trabalharem mais do que o necessário
O especialista afirma que esta é uma das armadilhas mais fáceis de cair. Alguns gestores desgastam seus empregados quando os obrigam a trabalhar ainda mais quando eles demonstram bom desempenho, como se estivessem sendo "punidos", de alguma forma, por seus méritos. Bradberry avalia que a atitude é contraproducente e que o excesso de carga faz com que a produtividade diminua. A melhor alternativa, segundo ele, é fazer com que o status do funcionário aumente para justificar a maior quantidade de responsabilidades no trabalho, para ele se sentir motivado: uma promoção, aumento ou mudança de cargo podem ser incentivos.
2. Não reconhecer ou parabenizar um trabalho bem feito
Bradberry argumenta que "é fácil subestimar o poder de um 'tapinha nas costas'", mas que gestos como esse, ou simplesmente dizer com mais frequência que a pessoa está fazendo seu trabalho muito bem, podem fazer a diferença na vida dos funcionários.
3. Não se importar com seus subordinados
O especialista diz, em sua publicação, que "mais da metade das pessoas que pedem demissão o fazem por conta da relação que têm com seus chefes". E um dos motivos que podem causar esta relação "fria" entre gestores e empregados é quando o líder não se importa em dar um retorno funcionários, mesmo que seja com mais desafios. Funciona assim: "se meu gestor não se importa com este trabalho, então por que eu deveria me importar?".
4. Não honrar os compromissos que assume
Quando uma promessa é feita de chefe para funcionário, pode ser sinônimo de incentivo ou só uma forma mais rápida para fazê-lo sair da empresa. "Quando você firma um compromisso e o cumpre, você cresce aos olhos dos empregados porque prova que é uma pessoa confiável", explica Bradberry. Quando a promessa é quebrada sem mais satisfações, passa a impressão de que é um chefe "desrespeitoso, que não se importa".
5. Quando o gestor contrata --e promove-- as pessoas erradas
"Pessoas boas e esforçadas gostam de trabalhar com profissionais que tenham um perfil parecido. Quando empregadores não se dão o trabalho de contratar alguém assim, desmotiva os outros que estão dando seu melhor", argumenta Bradberry. A situação piora quando os empregados pouco comprometidos são promovidos no lugar daqueles que realmente merecem. "Não é à toa que bons funcionários pedem demissão, nesse caso".
6. Não deixam as pessoas seguirem seus sonhos
Há chefes que temem que seus funcionários percam a produtividade se eles derem atenção a outros interesses e paixões pessoais. "Estudos mostram que pessoas que seguem seus sonhos e aspirações no meio profissional ficam cinco vezes mais produtivas que o comum", diz o especialista.
7. Eles não incentivam ou gerenciam o desenvolvimento pessoal
"Bons gestores sabem gerenciar, independentemente do talento de seus subordinados", diz Bradberry. Para ele, chefes que não incentivam ou trabalham melhor as habilidades pessoais dos empregados correm risco de ver sua equipe e a produtividade do trabalho diminuir.
8. Não sabem trabalhar com criatividade
Trabalhadores empenhados querem sempre melhorar, e um gestor que não dá espaço para soluções criativas e ideias novas acabam minando o desempenho da equipe. "Não permitir este desejo inato de criar não limita só os funcionários, mas também o chefe".
9. Não conseguem desafiar intelectualmente os empregados
Bradberry afirma que bons gestores desafiam seus funcionários a realizar tarefas que, antes, seriam mais difíceis. "Em vez de passar somente instruções simples, incremente objetivos para que as pessoas saiam da zona de conforto, e os ajude a concluir o trabalho". Para ele, pessoas que não desenvolvem a inteligência no trabalho, ou só efetuam atividades mecânicas e fáceis, ficam entediadas e costumam procurar outra coisa.
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