5 lutas compradas por Gisele Bündchen que a tornaram mais do que uma modelo
Gisele Bündchen está mais envolvida do que nunca na política brasileira, desde que se posicionou contra as decisões do governo atual em relação ao meio ambiente, gerando debate com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nas redes sociais.
Não é de hoje que a modelo, de 38 anos -- e 23 de carreira --, usa sua visibilidade internacional para levantar bandeiras importantes.
Reunimos cinco causas que Gisele já encampou -- e a tornam um ícone também fora das passarelas.
1. Meio ambiente
Este é um dos temas mais abordados por Gisele, desde o início da sua carreira.
Um dos marcos foi quando a modelo conquistou o título de embaixadora do Programa Ambiental das Nações Unidas, em 2008, por ser a responsável por dar origem à organização Água Limpa, que incentiva o plantio de árvores às margens do Rio Amazonas para purificar a água local.
Para ter maior conhecimento sobre a causa, Gisele entrou em contato com as aldeias dos índios kisêdjês, no Médio Xingu, no Mato Grosso. A ação, feita em 2006, foi um dos pontos de partidas para que ela começasse a fazer doações e divulgar campanhas para o ISA (Instituto Socioambiental) e o WWF (World Wide Fund for Nature) -- ambas instituições que atuam na recuperação ambiental.
"Depois da minha primeira viagem ao Xingu, em 2004, foi quando eu ouvi o pedido dos índios para que os ajudasse com a poluição dos rios, pois bebem de sua água, retiram seu alimento dela e se banham nela, fiquei pensando como poderia ajudá-los (...) Sempre tive muita curiosidade de conhecer a Amazônia, a maior floresta do mundo, que tem uma diversidade gigantesca de fauna e flora. Queria sentir como era estar no meio de uma floresta, entender como é sobreviver da natureza e saber um pouco mais sobre como os índios viviam. Foi maravilhoso ver como eles são integrados com a natureza e entender a simplicidade de suas vidas. Acho que todos deveriam respeitar a natureza e viver em harmonia, pois sem ela, não existiríamos", afirmou à "Época", em 2007.
Acho que todos deveriam respeitar a natureza e viver em harmonia, pois sem ela, não existiríamos
Entre suas conquistas nesta luta, na quarta-feira (16), o Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, anunciou que homenageará a brasileira por sua atuação em defesa do meio ambiente.
2. Proteção aos animais
O universo da moda sempre esteve, por muito tempo, longe -- e talvez até remando contra -- a proteção animal, partindo do uso de peles para a criação de peças luxuosas.
Em junho de 2016, Gisele aderiu à campanha "Wild For Life", da ONU (Organização das Nações Unidas), para lutar contra o comércio ilegal de animais selvagens, algo que os leva, na maioria dos casos, à extinção.
"Grande parte da vida selvagem está em perigo de extinção. Para transformar isso, precisamos de uma mudança radical na atitude das pessoas em todo o mundo. Estou me juntando à luta para salvar as espécies ameaçadas de extinção", comunicou, no Instagram.
Precisamos de uma mudança radical na atitude das pessoas em todo o mundo
Em outra ação, a modelo estampou a capa da "Vogue Paris", uma das publicações de moda mais importantes, para trazer o assunto à tona. No editorial, materiais "fakes" foram usados por ela no ensaio para imitar o que é feito a partir dessa caça provocada pelas passarelas.
"Muito feliz que a 'Vogue Paris' dedicou esta edição à proteção animal, enviando uma forte mensagem de que usar pele verdadeira não é uma opção. Os grandes designers agora já fazem lindas roupas com pele falsa", escreveu ela ao anunciar a capa, em julho de 2017.
3. Romantização da maternidade
Ao lançar sua biografia, "Aprendizados: Minha Caminhada para uma Vida com Mais Significado", a top abriu o jogo sobre as dificuldades que enfrentou com a maternidade -- a fim de colocar um ponto final na romantização da gravidez.
Mãe de Benjamin, de 8 anos, e Vivian, de 5, Gisele citou a importância da individualidade nesse período da vida.
"Quando me tornei mãe, meio que me perdi. Foi como uma parte de mim morreu. Eu era uma pessoa muito independente. Mas agora eu tinha esse pequeno ser, e de repente eu senti que não poderia fazer outras coisas e isso foi muito difícil para mim. Tudo o que eu sempre quis foi ser mãe, mas quando você está experimentando isso, é um choque", opinou. "Eu pensava que mãe terrível eu era por deixar meu filho por um dia."
4. Padrões de beleza
Depois de passar por um implante de silicone em segredo, Gisele falou sobre o assunto em entrevista à "People". A decisão partiu dela, após amamentar seus filhos e ver que o tamanho dos seios diminuiu. A top se arrependeu da cirurgia, pois não se identificou com a própria imagem.
"Eu sempre amei o meu corpo e senti que as pessoas tinham expectativas sobre mim que eu não conseguia cumprir. Me senti muito vulnerável porque eu malhava, comia saudável, mas não podia mudar o fato que meus dois filhos gostavam mais do meu peito esquerdo do que o direito. Só queria que eles fossem iguais e que parassem de comentar", disse.
Quando eu acordei da cirurgia me senti presa num corpo que desconhecia
No relato, ela disse que lutou contra a imagem que acabou construindo, não reconhecendo o seu próprio corpo.
"Quando eu acordei da cirurgia, eu não acreditava no que havia feito. Me senti presa num corpo que desconhecia. Pela primeira vez, usei roupas largas porque me sentia desconfortável", lembrou.
5. Doenças mentais
Encoberto por muito tempo, embora tenha ganhado força em 2015 com campanhas como o "Setembro Amarelo", o tema vem ganhando mais espaço recentemente; e Gisele compartilhou sua relação com as doenças mentais, revelando já ter sofrido com ansiedade, ataques de pânico e suicídio.
As coisas podem parecer perfeitas do lado de fora, mas você não tem ideia do que realmente está acontecendo
Gisele revelou ter sofrido seu primeiro ataque de pânico durante uma viagem de avião, em 2003, que acarretou a fobia com túneis, elevadores e espaços fechados -- a claustrofobia.
"Eu realmente tive a sensação de: 'Se eu simplesmente pular da minha varanda, isso vai acabar', e eu nunca mais teria que me preocupar com esse sentimento. O pensamento de ser dependente de algo parecia, na minha opinião, ainda pior, porque eu pensava: 'E se eu perder essa [pílula]? Então o quê? Eu vou morrer?'. A única coisa que eu sabia era que precisava de ajuda"", relembrou ela, ao citar que não queria depender de medicamentos para se sentir bem consigo mesma.
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